segunda-feira, 31 de outubro de 2011

CELEBRIDADES "ONTEM E HOJE"

O tempo é cruel!
Russel Crowe
Alec Baldwin
Rod Stewart
Roger Moore
Arnold Schwarzenegger
Pierce Brosnan
Clint Eastwood
Mickey Rourke
Brendan Fraser
Val Kilmer 

domingo, 30 de outubro de 2011

SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO "SÍTIO JOÃO DIAS".

              No  contexto  dos  tipos  de  povoamento  rural, o  "Sítio  JOÃO  DIAS"  está  inserido  na  modalidade  denominada  de  FAZENDA  ISOLADA.  Na  vastidão  territorial  do  famoso  e  fértil  VALE  DO  APODI, está  localizado  na  região  Sul. O  primeiro  proprietário  destas  terras  foi  o  Sr.  JOÃO  DIAS  GONÇALVES, natural  de  Natal, onde  nasceu  a  21  de  Agosto  de  1676.  Em um dos  livros  de registro das  famosas  "DATAS  DE  SESMARIAS  DO  RN", consta  a  concessão  feita  ao  João  Dias, feita  no  dia  26 de  Julho  de  1706, dando-lhe terras medindo  três  léguas  de  comprimento   por  uma  de  largura, situadas entre  os  rios  Apodi  e Umari. Foi  um dos  muitos privilegiados  no  favorecimento  das  doações  de  terras, posto  que,  antes  de  ganhar  a  concessão  destas  terras  Apodienses, já  havia  recebido outra  doação  em  13  de  Junho  de  1706, na  mesma  medida  de  três  léguas  de  comprimento  por  uma  de  largura, localizadas  entre as  tribos  de  índios  tapuias  paiacus  e  canindés, da  nação  indígena  Janduís  ou  Janduins.  Nestas  terras  encontra-se  encravado  o  atual  município  e  cidade  de  nome  JOÃO  DIAS. Vê-se, pois, que  JOÃO DIAS  assumia  a condição de  autêntico  latifundiário, com  a  posse  e  domínio  de  seis  léguas de  terras, situadas  entre  rios, fator  principal  para  a  fixação  do  povoador  inicial - o  conhecido  HIDROTROPISMO.  Analisando-se  a  cronologia  das  concessões  do  sesmeiro  JOÃO  DIAS, constata-se  que  da  primeira  concessão  para  a  segunda, que é  a  das  terras  do  SÍTIO  JOÃO  DIAS, passaram-se  apenas  um  mês  e  dez  dias.
Diante  a  constatação de  que  o  sesmeiro  JOÃO  DIAS  optou  em  povoar  as  terras  do  atual  município  e  cidade  de  João  Dias, e  da  inexistência de  descendentes  seus  nas  terras  que  lhe  foram  doadas  em  Apodi, restam  as  seguintes  perguntas: Teria  João  Dias  abandonado  suas  terras  no  Apodi ?   Teria  vendido as  mesmas ?  Teria  deixado  algum  vaqueiro  seu  como  preposto, "tomando de contas"  das  ditas  terras ?  Teriam  os  índios  forçado  a  debandada  do  João  Dias ? Estas  dúvidas  conduzem  a  certeza  da  necessidade  de  se  efetuar uma  minuciosa  pesquisa  no arquivo morto  do  1°  Cartório  de  Apodi, principalmente  no  livro de registro  das  escrituras  dos  sítios  e  fazendas  do  Apodi.  A  última  hipótese  está  praticamente  descartada, dado  o  perfil  comportamental  do  mesmo, tido  como "Um  homem  dotado  de  larga  experiência  e  vasto  conhecimento  das  caatingas  da  região  Oeste  potiguar.  Destemido  como  desbravador  sertanejo. Era  mateiro, caçador, rastejador, manejador  de  facão. Foi  fundador  de várias  posses, atirador  de  bacamarte, homem  forte  e  insubistituível   de  uma  coragem  sem  par". O  certo  é  que deixou  seu  nome  imortalizado  como  referencial  toponímico  em  Apodi, e como  patrono  do  município  e  cidade  de  João  Dias-RN, município  encravado  na  mesorregião  do  Oeste  potiguar, criado  em  19 de Agosto  de  1963, desmembrado  do  município  de  Alexandria.
Em  uma  das  inúmeras  pesquisas  efetuadas  nos  antigos  inventários  do  arquivo  morto  do  1º  Cartório  Judiciário  de  Apodi  encontrei  o inventário de  um  dos primeiros  proprietários  deste  sítio, na pessoa  do  Sr. Antonio  Ferreira  de  Azevedo, falecido  no  dia  10  de  Abril  de  1832, deixando  a  viúva  Senhorinha  Lucas  de  Jesus  e  o  filho  João  Ferreira  de  Vasconcelos, nascido  no  ano  de  1819.  Em pesquisa  de  campo,  constatei  que  a  maioria  das  terras  do  "Sítio  João  Dias"  pertencem atualmente  às famílias  PEREIRA  DA  COSTA  e  PEREIRA  GURGEL.  Segundo  o  Sr. Joel  Pereira  do  Amaral, nascido   neste  sítio, e  residente  na  cidade  de  Apodi, à  rua  Marechal  Floriano, o  seu  falecido  genitor  comentava  que  este  João  Dias  não  havia  deixado  descendentes  como  proprietários  destas  terras.
O  bravo Entradista  e  sesmeiro  JOÃO  DIAS   GONÇALVES  faleceu  no  ano  de  1767  aos  81 anos  de  idade.   Encetarei mais  pesquisas  para  seguir  as  pegadas  históricas  deste  emblemático  sertanejo  de  fibra  e  de  arrojo.




Por Marcos Pinto.



sexta-feira, 28 de outubro de 2011

PROJETO DE IRRIGAÇÃO DA CHAPADA DO APODI


Foi entregue ontem, no final da tarde, a licença de instalação das obras do perímetro irrigado Santa Cruz do Apodi. A solenidade ocorrida no auditório do Palácio da Resistência, em Mossoró, reuniu, além de Rosalba Ciarlini, o diretor do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), Elias Fernandes, o deputado federal Henrique Eduardo Alves, o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, além de autoridades de Mossoró, da Assembleia Legislativa e a prefeita de Apodi, Goreti Pinto, que também integrou a mesa.


Tendo recebido a licença ambiental do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio (IDEMA), o Dnocs poderá iniciar as obras que visam a irrigar 5.200 hectares na primeira fase, com expectativa de geração de 15 mil empregos diretos, beneficiando 80 mil pessoas. O valor total da obra é de R$ 280 milhões com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento.
De acordo com Elias Fernandes, quando assumiu a pasta em 2008, não existia nenhuma ação para o Rio Grande do Norte. "Foi preciso desengavetar um projeto que dormia nas gavetas havia mais de oito anos", disse. O segundo passo, de acordo com Elias, foi conseguir recursos para fazer o processo andar.



Além de tudo isso, a obra, embora nunca tivesse saído da gaveta, estava no anexo 6 do Tribunal de Contas da União (TCU) com indícios de irregularidade. A intervenção de Henrique Alves de foi decisiva, segundo o diretor do Dnocs. "Henrique foi até a então ministra Dilma Rousseff, pedir que ela incluísse o projeto da Chapada no PAC", completou.



Para Elias, todas as dúvidas a respeito do projeto com os campesinos de Apodi foram esclarecidas. "A reclamação deles é que nós iríamos entregar as terras para o agronegócio e provamos que apenas 5%, ou 248 hectares de 5.200, serão destinados a esse segmento", explica.



Segundo ele, as manifestações foram feitas por "desinformação". Quanto ao preço da eletricidade que terá de ser paga pelo bombeamento da água da barragem Santa Cruz do Apodi até a Chapada, o diretor esclarece que os irrigantes terão a seu favor a Tarifa Verde, que permite desconto de até 90%.



Elias não confirmou se a obra começaria ainda neste ano. Disse apenas que esteve na quarta-feira, 26, com a ministra da Casa Civil, Mirian Belchior, tratando do assunto, que agora depende da liberação de recursos do PAC.



GARIBALDI



O ministro Garibaldi Filho disse que vê o projeto de irrigação com muito carinho e emoção, porque se trata de uma obra que foi inaugura em seu governo e que há muito tempo se reclamava pelo aproveitamento das águas da barragem para a irrigação. "Isso que vai acontecer é um avanço com relação à implantação do perímetro irrigado, possibilitando o início efetivo das obras de irrigação", disse.

20 MIL HECTARES IRRIGADOS



O projeto de irrigação da Chapada do Apodi através da barragem Santa Cruz é o começo de um projeto audacioso. Segundo o diretor do Dnocs, Elias Fernandes, a intenção do órgão é alcançar 20 mil hectares irrigados, para se igualar ao Ceará. Durante seu pronunciamento, Elias falou na revitalização do Baixo-Açu e na implantação do projeto Mendobim, também em Assú.

FLAVIANO NA TV A CABO - TCM / MOSSORÓ

Na tarde de ontem – 26 de outubro – o prof. Flaviano Monteiro (PCdoB – Apodi/RN) foi o entrevistado do Programa Cenário Político da TV a cabo – Mossoró.


A convite do jornalista Julierme Torres, Flaviano Monteiro, mais uma vez esteve na cidade de Mossoró para um bate-papo sobre sua trajetória política na cidade de Apodi e Região do Médio Oeste. Depois de se candidatar a prefeito em 2008 e a deputado estadual em 2010 o professor é tido como uma liderança jovem e emergente da nossa região.

Durante a entrevista o professor Flaviano respondeu questões do tipo:

  1. Se o rompimento de Robinson Faria com a governadora Rosalba prejudicaria ou ajudaria numa campanha para prefeito do grupo da Nova Geração em 2012;
  1. Como o prof Flaviano avaliava os 10 meses de governo de Rosalba;
  1. Se a saída do Ministro dos esportes – Orlando Silva (PCdoB) afetava a imagem do partido;
  1. Se a oposição ao governo do estado estaria no palanque da Nova Geração em 2012;
Na apresentação do programa também estava a jornalista Carol Ribeiro que repassava para o prof. Flaviano as perguntas enviadas pelos telespectadores. Uma delas perguntava se existia político no qual se pudesse confiar.

Em resposta o prof. Flaviano disse que qualquer eleitor que entender que não existe um político que mereça seu voto, que se filie a um partido e ponha seu nome a disposição e faça a diferença.

Pagina de origem:  http://apodipolitico.blogspot.com/2011/10/flaviano-na-tv-cabo-tcm-mossoro.html

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

AS 12 CIDADES MAIS POPULOSAS DO MUNDO

HISTÓRIA DAS CIDADES

Historia das cidades    Clique para passar os slides

A ADMIRÁVEL INTELIGÊNCIA DO SERTANEJO (II).

 O  Sertanejo  nunca  perde, no  silêncio  do seu  trabalho  anônimo, o  gosto  pelas  altas  coisas  do  espírito. Ao  contrário  do homem  universal, habitante  das  metrópoles, que  é  pródigo  na  arte  da  dissimulação, o  sertanejo  evidencia  sua  postura  e  compostura  de   provinciano  incurável, acompanhada  por  uma  sinceridade  à  toda  prova.  Deles - os  sertanejos, poder-se-á  afirmar  que  alguns  falam  ligeiro  e  em  voz  alta, dando  a  impressão  de  que estão  permanentemente  irritados  com  a  vida  e  com  o  mundo  -  ledo engano.  Não  vivem  a  cochichar  covardemente  pelas  esquinas.  Diante  estes  rústicos  e honestos  homens de mãos  calejadas,  os fracos  se  calam - intimidados; os  medrosos  procuram  lugares  escusos  para  emitirem  suas  opiniões.  Como operador  do  Direito,  fui constituído   advogado   por  um  rude  e  sincero  sertanejo,  para  fazer sua  defesa  e participar  da  audiência  para  concessão  da  sua  liberdade  condicional, em  um  processo  que  o  mesmo  respondia  por  lesão  corporal  de  natureza  grave, por ter decepado  com uma  foice,  a  mão  do  vizinho  do  seu  sítio, consequência  de  intriga  por  questão  de  divisa  das  terras  entre os  seus  sítios.   No dia  da  audiência,  aprazada  para  que  o  mesmo  fosse  ouvido  pelo  Juiz  e  passasse  a  cumprir  o  resto  da  pena  em  liberdade  condicional, acompanhei-o  como  seu  Defensor.  A  formalidade da  audiência  resume-se  às  advertências  que  o  Juiz  de Direito  faz  ao  apenado, de  que  o  mesmo  não  poderá  ausentar-se  da  cidade  sem  comunicar  à  justiça,via  advogado; Não  frequentar  bares  para  consumir  bebidas  alcóolicas, e  não  andar  portando  arma.  Após encerrada  a  audiência  e  cessadas  as  formalidades  legais, o  douto Juiz  dirigiu-se  ao  meu  constituinte, fazendo-lhe  a  observação  de  que  o  mesmo  era  prá  ter  evitado  o  violento  ato,   que  resultou  na  decepação  da  mão  do vizinho.  Do  alto de  sua  ingênua  sinceridade, o  meu  cliente  responde  nos  seguintes  termos:
 -  Mas  sêo  dotô, eu  num  tive  "curpa"  não!   -  Eu  botei  prá  cabeça, aí  ele  botou  o  braço  no  meio!
 Admirado  com  a  sinceridade  do  matuto, o  Dr.  Juiz  olhou  em  minha  direção, esboçando  ligeiro  sorriso, como  se  quisesse  expressar  a  admiração  pelo  fato  de   que  ainda  existia  pessoas  com  o  nobre  caráter  da  mais  pura  sinceridade, mesmo  que esta  sinceridade  o  prejudicasse.  é  certo  que  em sua  maioria,  são  taciturnos,assim  meio  desconfiados, e  aparentemente  insociáveis, fazendo  com  que  os  imaginemos  como  um  depósito  em que  fermenta  o  vinho  do  despeito  e  da  revolta. No  entanto, não  há melhor  alma, nem  coração  mais  limpo.  Conduzem  sempre  uma  sinceridade  e  um  ar  resoluto  que  caminham  juntos, no  seu  viver  cotidiano.  Neste  contexto, cito  o  grande  amigo  e  conterrâneo  GERALDO  DE  ANTÕIZINHO,  que  em  seu  falar  com  a  língua  um  pouco  presa, ao  ser  perguntado  sobre  seu  nome, costuma  falar  se  chamar  "Gelaldo  de  Antõizin". Pois bem -  num  é  que  este  nobre  Apodiense  é  um  dos  melhores  eletricistas  da  cidade, e como  tal  foi, certo  dia, contratado  para  fazer  a  instalação  de  um  prédio  de  primeiro  andar.  Para  evitar  ser  sempre  procurado  pelo  Geraldinho, o  dono  do  prédio autorizou  o  dono  de  uma  loja  de  materiais  elétricos, para  que  entregasse  todo  o  material elétrico  que  o  Geraldinho  solicitasse,em  especial  fios  para  eletricidade.  Concluído   o  eficiente  trabalho, eis  que  o  dono  do  prédio  procurou  o  Geraldinho  para  efetuar  o  pagamento   pelos  serviços, ocasião  em  que  trazia  consigo  a  relação  da  quantidade  de  fios  elétricos solicitada pelo  "Gelaldinho".  Olhando  bem  nos  olhos  do  "Gelaldinho",  o  dono  do  prédio  perguntou  ao  mesmo:
 -  Ô  Geraldinho,  onde  tá  toda  essa  ruma  de  fios  elétricos  que  você  pegou  na  loja  de  sêo  Leonildes? 
 "Em  cima  da  bucha"   e  sem  gaguejar,  o  lépido  e  fagueiro  "Gelaldinho"  respondeu, de forma  conclusiva:
-  Mande  bater  um  raio  X  do  "plédio"! 
Desnorteado  com  a  inteligente  saída  do  "Gelaldinho",  só  restou  ao  dono  do  prédio  se  conformar  com  a  resposta, pagando  os serviços, não  sem  antes  exclamar:
  -  Num  tem  mesmo  jeito  prá  você  mesmo  não,  Geraldinho! 
Qual  não  foi  a  admiração  que  os  presentes  à  esta  cena  ficaram  tendo  do  "Gelaldinho  de  Antõizin".   É  necessário  frisar  que  o  sabido  "Gelaldinho"   protagonizou  outra  cena  por  demais  engraçada.  Contou-me  um  conterrâneo  que,  certo  dia,  o  "Gelaldinho"  se  encontrava  a  fazer  uma  instalação  na  fachada  de  uma  casa,trepado  numa  escada -  isso  lá  por  volta  das  cinco  horas  e  meia  da  tarde, ocasião  em  que  o  seu  ajudante  se  encontrava  segurando  a  escada.  Como  o  sol  já  começava  a descambar  no  horizonte, anunciando  breve  anoitecer, eis  que  o  ajudante  pôs  a  chamar  o  Gelaldinho, de  forma  insistente: 
 -  Avie  Geraldinho!  Já  tá  quase  anoitecendo  e  eu  quero  ir  prá  casa  arrochar  minha  mulher! 
 forma  espirituosa,  eis  que  o  Geladinho  olha  prá  baixo  e  encara  o  ajudante, dando-lhe  uma  contundente  resposta:
-   Deixe  de  ser  besta  cabra  besta!...  Enquanto  você  vai  arrochar  ela  os outros  vão  é  "aflochar" !
Ao  presenciarem  e  ouvirem  tão  inteligente  e  espirituosa  resposta  do "Geladldinho"todos  caíram  em  espalhafatosas  "gargalhadas".
Amenidades  à  parte, verdade  seja  dita  que  o  amigo Geraldinho  é  um  trabalhador  incansável, entrando  quase  sempre  pelas  altas  horas  da  noite, inclusive  madrugada  afora, para  honrar  com  o  compromisso  do  prazo  para  entrega  do  serviço  contratado  por  empreitada  ou  por  diárias.  Saudemos  o  produtivo  Geraldinho  de  Antõizin,  o  qual  tenho  a  honra  de  privar  de  sua  amizade  há  cerca  de  40  anos.


Por Marcos Pinto.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

IMPORTÂNCIA FEMININA NA HISTÓRIA DO RN

VILMA DE FARIA PRIMEIRA DEPUTADA FEDERAL DO RN EM 1986

VILMA DE FARIA , PRIMEIRA GOVERNADORA DO RN EM 2002

ROSALBA CIARLINE, PRIMEIRA SENADORA DO RN EM 2006

MARIA DO CEÚ FERNANDES, PRIMEIRA DEPUTADA ESTADUAL DO RN E DO BRASIL 1934

ALZIRA SORIANO, PRIMEIRA PREFEITA DO RN E DO BRASIL 1928

JOANNA BESSA PRIMEIRA VERIADORA DO RN E DO BRASIL EM 1928

CELINA GUIMARÃES, PRIMEIRA ELEITORA DO RN E DO BRASIL EM 1927

DRa.YAPONIRA GUERRA, PRIMEIRA MULHER FORMADA EM MÉDICINA RN 1940

DRA.ELIANE AMORIM, PRIMEIRA DESEMBARGADORA DO RN EM 1996

DRA.LINDALVA TORQUATO, PRIMEIRA MINISTRA DO RN E DO BRASIL EM 1961

DRA.IZAURA PINHEIRO, PRIMEIRA PROMOTORA DO RN EM 1951

DRA.VANDECY VERAS,PRIMEIRA JUIZA E PRIMEIRA ADVOGADA ESCRITA NA OAB DO RN EM 1953

LECY GARCIA MAIA, PRIMEIRA AVIADORA DO RN EM 1942

MIRIAM COELI DE ARAÚJO, PRIMEIRA MULHER A SE FORMAR EM JORNALISMO NO RN

MILITANA SALUSTINO, A MAIOR ROMANCEIRO NORDESTINO DO RN.

POMPILIA MAIA DE ARAÚJO, UMA PARTEIRA DEDICADA EM ITAÚ RN

Maria Rêgo, Primeira Prefeita de Pau dos Ferros RN

Gildene Lobo, Primeira Prefeita de São Francisco do Oeste RN


Fonte:

Vá para a página de origem e veja a matéria completa no link: http://clenildommemorial.com.br/memorial/index.php

terça-feira, 25 de outubro de 2011

APODIENSE MARIA GOMES DE OLIVEIRA - PRIMEIRA REITORA DO BRASIL.

MARIA GOMES, PRIMEIRA REITORA DO RN EM 1973

Há quem vislumbre em  meus  despretensiosos artigos  um  acentuado  e  arraigado  APODIENSISMO.  A verdade, é que todos os  fatos  históricos  veiculados  foram  garimpados  em  documentos  oficiais  irrefutáveis, tais como Inventários, Livros de Nascimento e  de  Óbitos do  Primeiro  Cartório  Judiciário  de  Apodi, livros  de  Assentos  de  Batizados  e  casamentos  da  Igreja-Matriz  de São João  Batista e  N. Sra. da  Conceição  da  Paróquia  de  Apodi.  No contexto  da  história  potiguar, a  cidade  e  o  município  de  Apodi  é  a  que  reúne  o  maior  manancial  de  documentos  oficiais,com fatos denotativos que vem  desde  os  primórdios  da  famosa  "GUERRA  DOS  BÁRBAROS", constituindo com  o  Assu  os  epicentros  principais  dos  embates  indígenas  com  o  famoso  "Terço  dos  Paulistas", comandado  pelos  célebres  sertanistas Manoel  Álvares  de  Morais  Navarro  e  Domingos  Jorge  Velho. O  venerando  Apodi  exerce  um  papel  tão relevante  neste  Brasil  velho  de  Mãe  Preta  e  Pai  João, que até  o  renomado  filólogo Mestre Aurélio Buarque de  holanda  introduziu  em seu  famoso  "Dicionário  Aurélio"  o  neologismo  APODÍTICO,  que, ao meu  ver,e  à  luz  do  meu  inexpugnável  APODIENSISMO,  tem  muito a  ver  com  o nosso  amado  e  nunca  esquecido  município  Apodi.  Segundo  o  Mestre Aurélio  Buarque  de  Holanda, o  sinônimo  APODÍTICO  significa  EVIDENTE, IRRECUSÁVEL.  É  evidente e  irrefutável   que  em  Apodi  temos  os  melhores  tipos  de  solos  do  mundo: Areia,Argila,Arenoargiloso  e  Aluvião.  É  evidente e irrefutável  que  temos  o  povo  mais  hospitaleiro do nordeste  brasileiro.  É  evidente  que  no  contexto  do  RN  Apodi  é  a  única  cidade  onde  até  os  animais  irracionais  são  banhados  com  água  minerálica, oriunda  de  poços  tubulares  encravados  no  sopé  e  no  cimo  da  serra  do Apodi.  É  evidente  e  irrefutável  que  Apodi  é  o  maior  produtor  do conhecido  arroz-vermelho  no  RN.  É  evidente e irrefutável  que  a  PRIMEIRA  REITORA  DO  BRASIL  foi  a  intelectual  Apodiense  MARIA  GOMES  DE  OLIVEIRA, sobre quem traçaremos a  biografia, esposado  em  texto  reproduzido  do  renomado  Portal  Apodiense  OESTENEWS,  escrito  e  dirigido  pelo profícuo  historiador JOÃO  MARIA  DAS  CHAGAS -  o  conhecido  e  muito  estimado  JOTA  MARIA, a  quem  tributo  minha  lídima  estima  e  distinto  apreço.
                          A  magnânima  intelectual  MARIA  GOMES  DE  OLIVEIRA  nasceu  em  Apodi, na  Rua  São  João  Batista, a  30  de  Novembro  de  1928, no  imóvel  residencial  de  sua  genitora, a  hoteleira  ANÁLIA  GOMES  DE  OLIVEIRA, dona  do  único  hotel  do Apodi  durante  cerca  de  40  anos. Coincidentemente, cerca  de  20  anos  após  D. Anália  fixar  residência  em  Mossoró, o  seu  antigo  hotel  passou  a  pertencer  a  outra  ANÁLIA, oriunda  da  cidade  de  Janduís, que  por  sua  vez  é  mãe  de Zé Lopes,Pedro Lopes, Joaquim, nego Cícero  e outros.  MARIA  GOMES  nasceu  de  um  relacionamento  amoroso  de  Anália  com  o  Ex-Prefeito de  Apodi  Sebastião  Sizenando  Sena  e  Silva, que  comandou  os  destinos  político  e administrativo  do  Apodi,como  prefeito nomeado,  no  período  de 26 de Setembro  de  1932  a  09  de  Janeiro  de  1933, tendo  sido  substituído  pelo  célebre  chefe  de  cangaceiros  Benedito  Dantas  Saldanha, de  truculenta  memória.   A  notável  Apodiense  iniciou  seus  primeiros  estudos  na  terra  onde  nasceu, cursando  o  curso  primário  no  Grupo  Escolar  "Ferreira  Pinto".  Como  na  época  em  que  atingiu  a  juventude  não  existia  o  curso  ginasial  em  Apodi, mudou   sua  residência  para  Mossoró, onde  instalou-se  no  casarão  senhorial  do  seu  parente  Tabelião  Público   e  advogado  provisionado  PHILÁSTRIO  LOPES  CORRÊIA  PINTO, pai  do  fazendeiro  Toinho de  Filástrio  e  tio  paterno  do  saudoso  e  eficiente  Professor  e  intelectual  ROBSON  LOPES.  Fez  o  curso  ginasial  e  o  2º  Grau  em  Mossoró,  na  famosa  Escola  Normal, onde  concluiu  o  prestigioso  Curso  do  Magistério.  Através  do  Reverendo  Bispo  de  Mossoró  d. João  Batista  Portocarrero Costa  - Dom  Costa (07.06.1904/06.01.1959)  ganhou  uma  bolsa  de estudo  para  fazer  o  Curso  de  Serviço  Social  na  UFRN.                                  Ao  concluir  o  Curso, retornou  para  Mossoró, onde desenvolveu  várias   atividades, destacando-se  como  fundadora  do  SESI  e  do  SENAI.  Foi  a  primeira  Secretária  de  Educação  do  município  de  Mossoró, na  gestão  do  Prefeito  Raimundo  Soares  de  Souza, no  período  de  1963  a  1969, que  lhe  conferiu  o  título  de  cidadã  Mossoroense.  Participou, juntamente com   o  renomado  Prof. João  Batista  Cascudo  Rodrigues, da  criação da  Fundação   Universidade  Regional  do  Rio  Grande  do  Norte - FURRN , atual  UERN, e  da  criação  e  fundação  da  Faculdade  de  Serviço  Social  de  Mossoró - FASSO, ocupando  o  honorável  cargo  de  Diretora  durante  08  anos.  Foi  Secretária  de  Educação  do  município  de  Natal, na  gestão  do  Prof. Vauban  Bezerra  de  Farias, que  lhe  conferiu  o  título  de  cidadã  Natalense.
                         Concorreu  ao  processo  de  seleção  para  o  Corpo  Docente  da  Universidade  Federal  do  Rio  Grande  do  Norte - UFRN, onde  trabalhou  no  CRUTAC.  Recebeu  o  título  de  "AMIGA  DA  MARINHA DO  BRASIL".  Em  1973  participou  da  lista  tríplice,   sendo  nomeada  Reitora  da  FURRN  pelo  Prefeito  Antonio  Rodrigues  de  Carvalho, tendo  merecido  destaque  na  imprensa  nacional  como  a  PRIMEIRA  REITORA  DE  UMA  UNIVERSIDADE  PÚBLICA  NO  BRASIL, no  período  de  1973  a  1977.  Resta  a  indagação: Quando  é  que   esta  intelectual  Apodiense  irá  receber  a  merecida  homenagem  de  seus  conterrâneos, por  iniciativa  da  Sra. prefeita  Municipal  Gorete  Pinto, que  por  sinal  é  parente  próxima  da  ilustre  Apodiense?.

Por Marcos Pinto.
Site da foto: http://clenildommemorial.com.br/memorial/pessoal.php?id=230

domingo, 23 de outubro de 2011

SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO "SÍTIO DO GÓIS".


Capela de Sto. Antonio (Sitio do Góis Apodi)
 Até  o  ano  de  1960  percorria-se  distâncias  consideráveis  na  Chapada  do  Apodi, primitivamente  denominada  de  "Serra da  Picada", sem  que  uma casa  de  residência  fosse  encontrada.  Este  cenário  devia-se  a  inexistência  de  água  para  dessedentar  os  pretensos  habitantes  destes  ermos  sertões.  Vez por outra  encontrava-se  um  esgalho de  estrada   derivada   da  central.  Atravessava-se  toda  a  serra  do  Apodi   para  só  então  encontrar  o  povoado  denominado  de  "Olho  D'água  da  Bica",no vizinho estado  do  Ceará, que até  hoje  não  passou  ao  predicamento  de  cidade.  Configurava-se  um  imenso  vazio  demográfico. Já no  que  consiste  ao  verde  vale  da  várzea, era  mais  fácil  encontrar-se  sítios  e  fazendas  instaladas, dado  a  proximidade  com os  rios  Umari  e  Apodi.
                       Observe-se  que  a  família  NOGUEIRA, que  deu  início  ao  processo  de  colonização  e  povoamento  das  terras  Apodienses, fixou-se  em  16  de  Outubro  na  margem  sul  da  lagoa, no  lugar  conhecido  como  "Lagoa  do Cajueiro", onde  hoje  situam-se  os  sítios  "Garapa"  e  "Vertentes".  As  terras  da  Chapada  foram  relegadas  a  um  processo  lento  e  gradual  de  povoamento, cujas  "Datas  de  Sesmarias"  foram  requeridas  por  cearenses  e  pernambucanos, que  mandavam  prepostos  para  instalarem  seus  currais  de  gado.  Cito  como  exemplo  o  pernambucano  Lourenço  D'Abreu  Pereira, cujas  terras  ainda  hoje  são  conhecidas  como  "Data  do  Abreu". Já  o  cearense  Manoel  Francisco  dos Santos  Soledade  fixou-se  nas  conhecidas "Lages  Grandes",onde  deu  início  ao  sítio  "Soledade".  A  observação  destes  fatos  resulta  no  estudo  das  formas  de  povoamento. O  modo como  a  população  se  arranjou  na  ocupação  do  solo, fixando  sua  habitação  e estabelecendo  as bases  de  sua  economia, é tema  que  a  sociologia  da  vida  rural  tomou  à  geografia  humana.  Ainda não devidamente  estudado  entre  nós Apodienses, o  assunto  não  é  entretanto, destituído  de  importância, e este  ensaio representa  uma tentativa  nesse  sentido.
                       Quanto  as  terras  do  "Sítio  do  Góis"  observa-se   o  grande  hiato  para  o  seu  povoamento, em  que  do  ano  de  1680 para  o  ano  de  1817 transcorreram-se  exatos  137  anos  para  que  ditas  terras  fossem  requeridas  por  um  bisneto  paterno  da  fundadora  Antonia  de  Freitas  Nogueira  -  O  Tenente  JOSÉ  DE  GÓIS  NOGUEIRA, que  ao  instalar  seu  curral  de  gado  vacum  e  cavalar, fez  casa  de  taipa  e  nela  instalou  o  seu  vaqueiro  para  cuidar  dos  rebanhos.  Logo, o  sertanejo  passou  a  se  referir  à  estas  terras  como  sendo  "Sítio  do  Sr. Góis", para  logo  mais  ficar  definitivamente  conhecido como  sendo  o  "Sítio  do  Góis".  Vejamos  a  íntegra  do  requerimento  feito  por  JOSÉ  DE  GÓIS  NOGUEIRA, solicitando  a  concessão  de  sua  Carta  de  Data  de  Sesmaria, cuja  concessão  foi  concedida  a  17  de  Outubro  de  1817:  " Diz  JOSÉ  DE  GÓIS  NOGUEIRA, morador  na  sua  fazenda  de  São  Lourenço, da Freguesia  das  Varges  do  Apody,  Termo  da  Vila  de  Portalegre, que  para  mais  comodidade  de  criar  seus  gados vacuns  e  cavalares  quer  haver  por  Data  de  Sesmaria  uma  légua  de  terra  quadrada  na  "Picada do  Apodi", aonde  há  terras  devolutas e  desaproveitadas que  nunca  foram  pedidas  as  quais  pelo  nascente  contesta  com terras  das  Datas  do  Boqueirão  e do Rosário, de  Lourenço de Abreu, pelo  poente  com  a  picada  do  Apody, terras  devolutas, pelo  Norte  com  terras  do  sítio de  Sebastião  Machado, e  pelo  sul com  terras  da  " Data  da  Soledade"  na  mesma  picada  do  Apody, fazendo  referida  légua  que  pede  o Suplicante  pião  em  umas  lages  que tem  chamadas "Lages  do  Remualdo", donde  pelo  inverno  mina  algumas  porções  d'água  que  faz  uma  espécie  de  lagoa  pequena, e  no  caso  de  não  fazer  pião  nas  ditas  lages  fiquem estas  sempre  dentro  da  dita  légua  de  terras  correndo  esta  para  o  nascente. Varges  do  apody, 14  de  Janeiro  de  1817. (FONTE: "Sesmarias  do  Rio  Grande  do  Norte - 5º  Vol. - págs. 209  a  211 -  Coleção  Mossoroense - Volume  1140 - Março  de  2000).  JOSÉ  DE  GÓIS  NOGUEIRA  era  bisneto  paterno  da  fundadora  Antonia  de  Freitas Nogueira.  Filho  legítimo  de  Manoel  de  Carvalho  Nogueira (1733/11  de  Junho  de  1773 - sítio  Garrafa). Era  Tenente  da  Guarda  Nacional. Casou  em  primeira  núpcias  com  Joana  Gomes da  Silveira, filha  do  Capitão  Domingos  da Silveira  e de  Francisca  de  Jesus  Maria. Joana  era  viúva do  Tenente José  Freire  de  Oliveira, falecido  na  sua  fazenda  "São  Lourenço"  a  15.06.1798, com  quem  teve  uma  prole  de 06  filhos.  Joana  e  José  de  Góis  foram pais  de  uma  filha  de  nome  JOANA GOMES  DE  GÓIS  NOGUEIRA, que  casou  com  João  Nogueira da  Silveira. JOSÉ  DE  GÓIS  casou  em segunda  núpcias (Já  viúvo) com ANTONIA FRANCISCA DA CONCEIÇÃO, filha de Ricarte de Freitas Costa e Felizarda Maria de Freitas. Dona Antonia Francisca faleceu em seu sítio "São  Lourenço" a 08.06.1891 aos  77  anos  de  idade, já  casada  em  segunda  núpcias  com  Raimundo Gomes de Oliveira, irmão do Padre Florêncio Gomes de  
Oliveira. José de Góis e Antonia Francisca foram pais de:
F.01-Norberto de Góis Nogueira.                                                                                                                                                 
F.02José  Ricarte  de  Freitas.                                                                                                                                                      
F.03-  Maria  Nogueira  de Freitas  - Casada  com  José  Carapinima  Gomes  Caneca.                                                                  
F.04-  Tertuliano  de  Góis  Nogueira:
 - Tenente  da  Guarda  Nacional. Casou  com  Maria  Eliza  Cavalcanti  de  Albuquerque, filha  do  Tenente-Coronel  Elias Antonio  Cavalcanti  de  Albuquerque, que  foi  Deputado  Provincial  representando  o  Apodi.                                                  
 -  Tertuliano  faleceu  no  sítio  "São  Lourencinho"  às  04  horas  do  dia  17.03.1916, aos  86  anos  de  idade, deixando  12  filhos, com  vasta  descendência  na  várzea  do  Apodi  e  de  Felipe  Guerra.   
               Na  história  do  "Sítio  do  Góis"  destaca-se,ainda, a  matriarca  JOSEPHA  MARIA DA  CONCEIÇÃO, que  faleceu a  20  de  Dezembro  de  1914  aos  54  anos  de  idade, viúva  que  era  do  Sr. JOSÉ  GOMES  TAVARES, filho de  Clementino  Gomes  Tavares  e  de  Maria  Gomes  Torres.  José  e  Josepha  deixaram  uma  prole  de  10  filhos.   Outra  família  tradicional  que  povoou  o Sítio  do  Góis  foi  a  família  do  patriarca  Ananias  Evangelista  de  Medeiros, casado  com  Gertrudes  Maria  da  Conceição, natural  de  Riacho dos  Porcos-PB, falecida  no sítio  do  Góis, onde  residia, a  19.10.1915, aos  65  anos  de  idade (Já  viúva), deixando  os  filhos:                          
  F.01- João  Raimundo  da  Silva - Casado  com Joana  Maria  da Conceição.
 F.02- Isabel  Maria  da  Conceição - Casada  com  Raimundo  de  tal.   Foram  pais  de:
 N.01  a  06 - Raimundo ,Cristalino, Thomázia ,Antonio, Maria, Artur (Pai de  João  e  de Chico de Artur).                                    
                   As  terras  que  compreendem  a  área  territorial  de  Apodi  ainda  são  de  posse  e  domínio  de  90%  dos descendentes  de  Antonia  de  Freitas  Nogueira  e  de  Manoel  Nogueira.

Por Marcos Pinto.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A ADMIRÁVEL INTELIGÊNCIA DO SERTANEJO (I).


O  sertanejo, em  sua   trajetória  indefinida, traz  sempre  um  fator  motivante  servindo  como  referencial  em  sua  humilde  geografia  humana.  Daí,  a  importância  da  admiração  e  respeito  que  devemos  cultuar  para  com  aqueles  que  já  são  detentores  do  famoso  "DIPLOMA  DA  VIDA", perfilados  pelas  longevas  e  venerandas  idades.  Quantas  imagens  acumuladas  e  amalgamadas  na retina  do  passado, escoando  no  estuário  do  rio  da  saudade  chamado  CORAÇÃO!.
                    As  refundidas  observações, contumazes  e  incessantes,  tem  proporcionado  grandes  evoluções na  performance  do  rústico  sertanejo, melhorando  sua  inter-relação  na  azáfama  dos  dias  sempre  cheios  de  interrogações.  Reside  aí  o  nascedouro da  admirável  inteligência  da  alma  sertaneja, caldeada  pelo  sangue  mameluco  com  o  africano. Alguns fatos  cotidianos  vividos  pelos sertanejos, ainda  páiram  elencados  pela  tradição  oral, evidenciando  a  certeza  da  verdade  histórica.  Tratando-se de  coisas  do  meu  amado  sertão, costumo  fazer  incursões   ao  nostálgico  passado, em  inconfundíveis  vôos  rasantes. Não  raro, penetro  no  interessante das  denominações  sertanejas, referentes  à  coisas, pessoas, lugares, profissões  etc.
                    Contou-me  um  amigo  cearense, que  o  seu  avô  trabalhara  na  construção/implantação  do  ramal  ferroviário  ligando  a  cidade  de  Fortaleza  ao  Crato, durante  o  período  1905-1910. Em  breve  relato, esclareceu  a  origem  e  o  por  quê  da  denominação  BAITOLA, que  o  sertanejo  costuma  "batizar"  aos  que  optam  pela  prática  da  sodomia. Segundo  o  amigo, este  denominativo  vincula-se  ao  fato  da  chegada  de  um  engenheiro  de  origem  inglesa  ao  Ceará, para  dirigir  os  trabalhos  da  implantação  da  referida  linha  férrea,  começando  pelos  trabalhos  de  nivelamento  até  o  da  fixação  dos  trilhos, com  a  severa  observância  das  escalas  topográficas.  Como  o  engenheiro  inglês   tinha  pouco  tempo  de  residência  no  Brasil, expressava-se  demonstrando  um  português  sofrível, trocando  letras  e  nomes  no  emprego  da  palavra  exata, exigível  para  a  oportunidade. Dado  essa  dificuldade  em falar  o  idioma  português, acentuavam-se  os  rompantes  de  raiva, numa  contundente  manifestação  de  ignorância  no  trato.                                    
                      Certo  dia,  o  afobado  inglês, acossado  pelo  sol  causticante  do  meio  dia, dirigiu-se  aos  operários  em  voz  alta  -  os  conhecidos  berros, ocasião  em  que  chamou-lhes  a  atenção  para  a  verificada  irregularidade  quanto  à  bitola, que nada  mais  é  do que  a  distância  entre  os  trilhos  de  uma  via  férrea. Ocorre  que  o  dito  gringo  escrevia  o  nome  bytola, ao  invés  de  bitola.  Sabe-se que  a  pronúncia  das  letras  BY  em  inglês  soa  como  bai.  Neste  contexto, o  inglês  falou, aos  berros:                                                 
 -  "Quando  vocês  pregar  trilhos  ter  cuidado  com  baitola!   -  dando  destaque  a  esse  último nome.      Como  o  engenheiro  tinha  maneiras  e  "trejeitos"   efeminados, os  cassacos  ficaram  cismados  com  o  mesmo, sendo certo  que, no  outro  dia,  ao  verem-no  ao  longe, caminhando  em  sua  direção,  de  bate-pronto  fizeram  a  seguinte  observação:                         
 -  Lá  vem  o  engenheiro  BAITOLA.                                                                                                            Desse  dia  em  diante  o  neologismo  BAITOLA  ficou  enraizado  no  linguajar  sertanejo  como  referencial  à  homossexual.  De  baitola (Com  a  vogal  O  sem  acento)  para  BAITÔLA   foi   um  pulo.   Há  um  fato  histórico  que  até  hoje é  contado  na  cidade  e  na  zona  rural   de  Apodi, em  que  um  humilde  agricultor  de  nome  ANTONIO  MOREIRA, residente  no  sítio   "Santa  Rosa"  deu  um  bela  lição  de  inteligência  no  padre  Renato  Menezes, que  dirigiu  a  paróquia  de  Apodi  no  período  1939 a  1951.  Contam que  o  lépido  e  fagueiro  Antonio  Moreira  todos  os  dias  de  Sábado  vinha  até  a  cidade  para  "fazer  a  feira", ou seja, comprar  gêneros  alimentícios  para  sustentar  a  sua  prole, não  sem  antes  assistir  a  missa  matinal.  Ocorre  que  o  Antonio  Moreira, de  forma  ingênua, acendeu, durante  a  missa, o  seu  inseparável  cigarro  de  palha - o  famoso  "brejeiro", ocasião  em  que  espalhou  no  ar  grandes  baforadas  com  o  cheiro  característico/enjoativo.   Este  incidente  deu-se  exatamente  quando  o  padre estava  pregando  o  sermão  bíblico.  Sempre  atento  aos  fiéis  paroquianos, eis  que  o  Padre  viu  a  fumaça  do  cigarro  traçando  trajetórias  no  meio  dos  fiéis.  À  muito  custo, controlou  sua  ira,  deixando  para  destilá-la  quando  terminasse  a  santa  missa. Concluído  o sermão,  eis  que  o  padre  Renato  dirigiu-se  até  o  último  banco,  onde  o  tranquilo  Antonio  Moreira  se  encontrava, já  com  outro  cigarro  aceso. 
Com  visível  olhar  iracundo, padre  Renato  dirigiu-se  a  Antonio  Moreira  nos seguintes termos:                                 
  -  Ô  Antonio  Moreira, você  não  vê  que  não  se  deve  fumar  dentro  da  Igreja?                
  -   Mas  padre  Renato,  é  que  eu  não  me  vejo  -  respondeu  Antonio  Moreira, sem  pestanejar.                                            
 Ainda  esboçando  grande  raiva, o padre  Renato  esbravejou:                                                     
 -   Pois  Antonio  Moreira, você  prá  animal  só  falta  o  rabo!                                                 
 Sem  se  deixar  contaminar  pela  ira  do  reverendo  padre,  o  Antonio  Moreira   sapecou:         
 -   Apôis  padre, me  empreste  o  seu, que  é   pra  mim  ficar  completo!                                 
 Ciente  de  que  o  Antonio  Moreira  não  era  homem  de  levar  desaforo  prá  casa,  só  restou  ao  padre Renato  "colocar o  rabo  entre  as  pernas"  e  sair   ruminando  sua   raiva, falando  entredentes.  
 O  certo  é  que  depois  deste  sério  incidente, nunca  mais  o  Antonio  Moreira  voltou  a  frequentar  a  missa.


 Por Marcos Pinto.