sexta-feira, 29 de junho de 2012

EVOLUÇÃO URBANÍSTICA DE APODI - HABITANTES DO "QUADRO DA RUA" NOS ANOS DE 1930 A 1950 (Parte -03).

        Na  retentiva  do  tempo,  há  a  certeza  de  que  as  nossas  ruas  representam  nostálgicos  CAMINHOS  DA SAUDADE, com  a  presença  marcante  da  arquitetura  antiga  das  casas  e  casarões  senhoriais  que  fizeram  a  história  de  Apodi. Observando-os  com  os  "olhos do  coração", somos  assediados  por  estranha  emoção, como  se estivéssemos  diante  venerandos  guardiões  dos  mistérios  circundantes.   Habitações  de  homens  e  mulheres  que  um dia   lutaram, sonharam, construíram, somaram  esforços  para  que  a  cidade  galgasse  os  degraus  do  desenvolvimento  urbano  atual.  As  antigas  denominações  dos  seis  becos  que  ainda  existem  nas  duas  ruas  que  compõem  o  "Quadro da  Rua"  perderam-se  nas  cinzas do  tempo, e  assim,  desapareceram  os referenciais  toponímicos  dos  becos da  antiga  "Rua da  Matriz  do  lado  do  nascente", atual  rua  São  João  Batista, observando-se  no sentido  Cemitério/Lagoa:  BECO  DE  LUZIA  PURANA, BECO  DE  JOÃO  DE  BRITO, BECO  DA  PADARIA DE  ANTONIO  DUARTE. Passemos, agora, para  os becos  da  antiga  "Rua da  Matriz  do  lado  do  poente", atual  Rua  N. Sra. da  Conceição: BECO DE ANÁLIA DO HOTEL, BECO  DE  COTÓ, BECO DA  MATANÇA (Atual beco  do Banco do Brasil) que  dava  acesso ao  antigo  matadouro  público  municipal, situado  alí  por  trás  do  Banco  do Brasil, no  alinhamento  da  rua  Marechal  Floriano.
Trecho antes denominado de Ilha das Cobras hoje fica a praça Robson Lopes.
(Foto da década de 90)
        Contextualizando, ainda, antigas  denominações  de  lugares  da  cidade, vale  ressaltar  a  importância  do  resgate  histórico  feito  pelo  nosso  renomado  historiador conterrâneo  JOSÉ  LEITE, em sua  memorável  obra  "FLAGRANTES  DAS  VÁRZEAS  DO  APODI", Livro  III, Vol. DCXXXIII,  quando  aborda  a  antiga  denominação  daquele  trecho  que  engloba  as  casas   situadas  logo  após  a  Igreja-Matriz (Nos dois lados) até  a  atual  casa  de  Antonio  Cabral  e  do  outro  lado  da  rua  até  a  casa  de  Dorinha  de  dona  Terta, cujo  trecho  tinha  a  estranha  denominação de  ILHA  DAS  COBRAS.  Segundo  JOSÉ  LEITE, estre  trecho  reunia  cerca  de  20  casas  até  a  década  de  1950.  Era  a  sede do  REINO  DOS  PICHECOS, apelido  atribuído  à  família  FERREIRA  LEITE,  cujos  componentes  eram  proprietários  de  04  casas  naquele  trecho: Lino  Leite, Luzia  Purana, Thereza  Leite, esposa  de  Manoel  Elias  e  Cassimira  Leite, sogra  de  Sêo  João  Soares. 
Entre  o  décimo-sexto  imóvel (Prédio  São  Vicente)  e  o  décimo-sétimo  existia (e  ainda  existe)  o  BECO  DE JOÃO  DE  BRITO, atual  beco  que dá  início  à  Rua  Governador  Dix-Sept  Rosado.  O  décimo-sétimo  imóvel  era  o  casarão  senhorial  do  Cel. Antonio  Ferreira  Pinto (25.05.1838/04.08.1909)  comprado  no  ano de  1940  aos  seus  herdeiros, pelo  Sr. JOSÉ  BRAZ  DE  OLIVEIRA, conhecido  popularmente  como  Zé de  Cândido, casado  com  dona  Amélia  Sizenando. Infelizmente  esse  casarão  foi demolido  em  2008  pelo  seu  proprietário  Raimundo  da  Cantina.  A  décima-sétima  casa  era  o  sobrado  de  Olinto  Ferreira  Pinto, filho  do  Cel. Ferreira  Pinto,  e  que  desde a  década  de  1970  pertence  ao  comerciante  Fernando  Menezes, sobrado  que  tinha  dois  pavimentos  superiores, conforme  se  vê  na  foto  que  encima  o artigo  parte  02.  A  décima-oitava  residência  pertencia  ao  Major  FRANCISCO  DIÓGENES  PAES  BOTÃO (Avô  materno  de  dona  Albaniza  Diógenes), natural de  Apodi, e  filho  do  cearense  de  "Riacho do Sangue" Major  Joaquim  Sulpino  Paes  Botão  e  sua segunda  esposa  Isabel  Sabina de  Oliveira, casal-tronco da  família  DIÓGENES  de Apodi.  Francisco  Diógenes  era  casado  com  Antonia  Ferreira  Pinto, filha  do  Cel. Ferreira  Pinto, e  foi  Presidente  da  Intendência  Municipal  de  Apodi, atual  cargo  de  Prefeito (01.01.1904/31.12.1903   e   01.01.1911/25.08.1914). A  décima-nona  casa  pertencia  ao  Sr.  HERMINO  TOLENTINO  ALVES  DE  OLIVEIRA, antigo  carcereiro  público  e  homeopata (1843/24.08.1934), casado  com  Petronila  Pastora  do  Patrocínio, filha  do  Padre  Antonio  Dias da  Cunha.  Sêo  Hermino/Petronila  foram  pais  de  Sêo  Emídio  Dias, que  por  sua  vez  é  pai  de  Altino (Pai de Vandinho  Marinho) e de  dona  Adolfina  Dias, mãe  do  velho  Lalá  Freitas.   
Seguindo  o roteiro  histórico-sentimental  das  exponenciais  figuras  que  habitavam  o  "Quadro da  Rua"  encontramos  a  vigésima  casa  pertencente  ao  fazendeiro  JOSÉ  MARINHO DA  MOTA, casado  com sua  sobrinha  paterna  Zulmira  Marinho, e  que  foram  pais  de  (dentre  outros) dona  Santoza, casada  com  Altino  Dias.  A  vigésima-primeira  casa  pertencia  ao  meu  avô paterno  ARISTIDES  FERREIRA  PINTO, casado com  dona  Cleonice  Maia  de  Oliveira (D. Nicinha).  A  vigésima-segunda  casa  pertencia  ao  Sr. MANOEL  JOÃO  POMBO, casado  com  Antonia  Pombo,  que  depois  mudou-se  para  Fortaleza-CE, onde teve  destacada  atuação  no  comércio  daquela  praça. Esta  casa  foi  adquirida  pelo  Sr. Raimundo  Silvestre, casado com  Ritinha, irmã de  Mundica  de  Isauro  Camilo.   A  vigésima-terceira  casa  pertencia  ao fazendeiro  LUÍS  BARBOSA  DE  MELO, casado  com  Francisca  Barbosa  de  Melo, (irmã de  Enéas  Barbosa, do  sítio  Água-Fria), , tendo  falecido  nesta  casa  a  17.12.1932, aos  50  anos  de  idade, deixando  uma  prole  de  10  filhos, dentre  eles  o  Sr. Juvancí  Barbosa.  Esta  casa  foi  adquirida  por  compra  pelo  seu  cunhado  ENÉAS  BARBOSA, do  sítio "Água-Fria", casado  com  Marta  Eulina  de  Melo  e  que  foram pais das  abnegadas  professoras  Mariinha  Barbosa  e  Albaniza.  A  vigésima-quarta  casa  pertencia  ao  Sr.  CARLOS  BORROMEU  DE  BRITO  GUERRA, casado com  Maria  Bezerra  Guerra (dona  Ná)  e  foram  pais  do  profícuo  historiador  Valter  de  Brito  Guerra.  Essa  casa  foi  adquirida na década  de  1940  pelos  "Correios  e  Telégrafos", que  instalou  sua  Agência, onde  funciona  até  os  dias  atuais.  A  vigésima-quinta  casa pertencia  ao  comerciante  TOMAZ  FERNANDES, natural de  Campo Grande-RN, casado  que  era  com  a  Apodiense  Maria  José  dos  Santos, filha de  Félix  Soares, e  em  segunda  núpcias  com  a também  Apodiense  Antonia  Benevides.  A  seguir  vem  o  BECO que  dá  início  à  atual  Rua  Cel. João  de  Brito.

Por Marcos Pinto - HISTORIADOR APODIENSE

UMA JÓIA ENCRAVADA NO SERTÃO PARAIBANO


      Se essa jóia cravada no Sertão paraibano, em Brejo do Cruz, cercanias de Catolé do Rocha, estivesse localizada na França, por exemplo, estaria completamente restaurada e preservada para a posteridade. Como não está, corre o risco de desaparecer. Ah!, esse meu Sertão misterioso e cheio de histórias. E de estórias também. Que o diga Ariano Suassuna... Fotografia e texto conseguido através da gentileza de Cezário Maia.


Por Honório de medeiros

quinta-feira, 28 de junho de 2012

EVOLUÇÃO URBANÍSTICA DE APODI - HABITANTES DO "QUADRO DA RUA" NO ANO DE 1930 A 1950 (Parte-02)

        A  leitura  deste  processo  descritivo  dos  primitivos  habitantes  do  "QUADRO DA  RUA"  não  deixa  de  ser  um  pouco cansativo  e  enfadonho, no  entanto, com  certeza  servirá  para  futuros  pesquisadores  colherem  subsídios  de  cunho  genealógico  de  seus  ascendentes.  Há, ainda, uma  minudência  histórica  que envolve  a  sétima  casa (Antigo Bar Satélite), que é  o fato  de  neste  terreno  ter  sido  edificada  a  residência  do  português  SIMÃO DO RÊGO  LEITE, falecido  a  09.10.1823, casado  que era  com  Lourença  Ferreira da  Mota, filha  do  português  ANTONIO DA  MOTA RIBEIRO.  Desse  casal  descendem todos  os  LEITE  do  Apodi.(Com exceção dos Leite do sítio "Melancias").  A  casa  foi  herdada  pela  filha  de  Simão, de  nome  Josefa  do  Rêgo Leite, casada  com  Antonio  da  Mota Ferreira,  que  por  sua  vez  foi  herdada  pela  filha  Maria  da  Conceição  do Rêgo Leite, casada  com  o  português  Luís  da  Costa  Mendes, que  passou  para  o  filho  Simplício da  Costa  Leite,  casado  com  Maria  Joaquina  Ferreira  Pinto (Irmã do Cel. Ferreira Pinto), que  passou  para  a  filha  MARIA  ANTONIA  DA  CONCEIÇÃO, vulgo  Purana  Leite, que  casou  com  ELIAS  FCO. DA  COSTA (Elias  Môuco, pai de João de Elias), que  passou  para  a  filha  LUZIA  FERREIRA  LEITE (Luzia  Purana)  que  casou  com  o  Sr. Francisco  de  Barros  Solposto (Chico  Vitor), e  foram  pais de  ANTONIO  DE  PÁDUA  LEITE.  Por  morte  de  Luzia  Purana,em  1952,  os  filhos venderam  o  imóvel  ao  Sr. Inácio  Maia.
R. São João batista Apodi-RN. Final da década de 60
      No roteiro  histórico  chegamos  à  Oitava  casa, que  pertencia  ao  Sr. MANOEL  ELIAS DE  LIMA, figadal  adversário  político da família  PINTO,  durante  as  décadas de  1920  a  1935, casado  com  Thereza  Ferreira  Leite.  Esta  casa  foi  adquirida  por  compra  pelo  Sr. FRANCISCO  PAULO  FREIRE (Sêo  Chico  Paulo), que  ainda  hoje  reside  neste  imponente  casarão senhorial.  No  que  consiste  aos  referenciais  toponímicos  do  "Quadro da  Rua", o  renomado  historiador  JOSÉ  LEITE  faz   o  resgate  da  antiga  denominação  daquele  trecho  que  engloba, por  trás da  Igreja-Matriz,  os  dois  lados  da  rua, no quadrante  que  termina  naquela  casa de  Antonio  Cabral  com  o  outro  lado  da  rua que  engloba a  casa  de  Altiva  de  Emídio.  Este  trecho  era  conhecido  como  "Ilha  das  Cobras"  e  reunia  cerca  de  20  casas. (FONTE:  "FLAGRANTES DAS VÁRZEAS  DO  APODI" - Livro  III - Vol.  DCXXXIII - Série  C  - Coleção  Mossoroense - 1991 - Autor  JOSÉ  LEITE).
A  nona  residência  pertencia  ao  Sr. FRANCISCO  CANUTO  DE  OLIVEIRA (Chico  Canuto), político  militante  ao  lado  do  Cel. Francisco  Pinto, e  que  foi  casado  com  dona  Josefina  Gurgel  de  Oliveira (Tia paterna de Aurino  Gurgel  e de  Tião  Lúcio), casal  que  não  teve  prole, porém  criou  o  Sr. Manuel  Canuto Gurgel.  Esta  casa  pertence  atualmente  à  respeitável  e  amada  matriarca  dona  Cecília  Maia  Martins de Andrade, tabeliã  aposentada, conhecida  como  dona  Cecília do  Cartório. A  décima  casa  pertencia  ao  Sr. Vicente  Cabral  de  Oliveira, casado  com  Rita  Rosenda, que  por  sua vez  foram  avós  paternos  de  Zé  Cabral  dos  Correios  e  Telégrafos.  Atualmente  pertence  ao  dentista  Nêgo  de  Tomaz.  A  décima-primeira  pertencia  ao Sr. MANOEL  SIMPLÍCIO  DE  LIMA, e  depois  adquirida por  compra  aos  seus  filhos  pelo  Sr. CHIQUINHO  MONTEIRO.   A  décima-segunda  pertencia  à  Dona  JOSEFINA  PINTO (Fifina), que  passou  a  residir  nesta  casa  após  o  falecimento  do  seu  esposo  o  Coronel  João de  Brito  Ferreira  Pinto, ocorrido  a  15.09.1934. Josefina  faleceu  neste casa  a  14.10.1962.  A  décima-terceira  casa  pertencia ao  Sr. JOAQUIM  EUFRÁSIO DE  LIMA, que  por residir  no  sítio  "Trapiá"  alugou-o  durante  muito  tempo  às  " Irmãs  GENÉSIO"  Biluca (Isabel), Chiquinha  Ferrão (Fca. Gomes de Oliveira) e  Maria  Antonia.  Conhecí  este  antigo  casarão, tendo  como  morador  o  famoso  mudo  "Dudé", também  conhecido  como  Mudo  Pincel.  Esta  casa  era  vizinha  à  do  Sr. Aurino  Gurgel.  A  décima-quarta  casa  pertencia  ao  Sr. JOÃO  FERREIRA  PINTO  SOBRINHO, conhecido  como  João  de  Dodô, irmão  do  Coronel  Lucas  Pinto, que  comprou-a  e  instalou  nela  a  sua  irmã  Bibia  Pinto  e  seu  esposo  Manoel  Cosme.  A  décima-quinta  pertencia à  duas  moças  solteironas  conhecidas  pelos  apelidos  de  BOÉ  e  LUIZA, do  sítio  Várzea do  Apodi. Esta  casa  foi  adquirida  posteriormente  por  compra  pela  abnegada  humanista  e  Tabeliã  Maria  Romana  Leite, conhecida  como  Maria  de  Abília.  A  décima-sexta  era  o  prédio  da  Sociedade e  Conferência    São  Vicente, conhecido  popularmente  como sendo  "O  Prédio  São  Vicente".  O  primeiro  aparelho  de  rádio  de  Apodi  pertencia  à  esta  Sociedade, tendo  causado  grande  admiração  por  ocasião  de  sua  apresentação  ao  público  presente. 

Por Marcos Pinto - HISTORIADOR APODIENSE

EVOLUÇÃO URBANÍSTICA DE APODI - HABITANTES DO "QUADRO DA RUA" NO ANO DE 1930 A 1950 (Parte-01)

     Afirmam  renomados  historiadores/pesquisadores,  que  a  pesquisa  de  campo  reveste-se  de  intrínseca  importância  para  o  resgate  de  fatos  históricos  que, na  maioria das  vezes, nãos  constam  de  documentos   oficiais  cartoriais, ou que, quando  constam, são  postos  óbices  quase  intransponíveis  para  a  concessão  do  acesso à  essas  fontes.  No que diz  respeito aos  dois  Cartórios  Judiciários  de  meu  querido  torrão  natal  Apodi  tenho  recebido  tratamento  cativante  nas  pessoas  de  suas  Tabeliães  Edwirgem  Neta  e  Regina  Coeli  Leite.  Sabedor  de  que  minha  honrada  parente  Dona  ROSA  MAGNO  GUERRA  guardava  em sua  fotográfica   memória  um  manancial  de  fatos  históricos  da cidade  de  Apodi, fiz-lhe  profícua  visita  no  dia   25 de  Novembro  de  2001, ocasião  em  que  tive  o  prazer de  colher estes  subsídios  históricos/genealógicos  dos  antigos  habitantes  do  famoso  "QUADRO DA  RUA".  Dona  Rosa  faleceu  em  2011, aos  97 anos de  idade. Esta  respeitável  e  honrada  matriarca  Era  filha  legítima  de  José  Basileu  de  Oliveira (Zeca  de  Antõizinho) e D.Maria  José  de  Oliveira. Era  neta  paterna  do  historiador MANOEL  ANTONIO DE OLIVEIRA  CORIOLANO (05.01.1835/28.12.1922) e  esposa  Maria da Mota Ferreira, e neta  materna de  DOMINGOS ERNESTO DE BRITO GUERRA (Avô do historiador Valter de Brito Guerra) e de  D. Maria  Clara  Ferreira  Pinto (Esta, por sua  vez, neta  do  Coronel  Antonio Ferreira Pinto).
       Quem  vem  caminhando  no  sentido  Cemitério/Lagoa  a  primeira  residência (Em  1930)  da  atual  Rua  São  João  Batista  pertencia à  Dona  DELFINA ALEXANDRINA DE  OLIVEIRA, à  época  viúva  de  Francisco  Félix  de  Oliveira, pais  de  duas  renomadas  costureiras  de  apelidos  AFINHA  e  FILÓ (Afra e Filomena), como também de dona FRANCISCA  SOLANA DE  ASSÍS,casada  com  João  Manoel  da  Silveira (João  Cavêja), que por  sua  vez  são os avós  paternos  de  Fãico  e  Tetéia (Dentre outros) e  avós maternos de  Caboclo de Manú (Pai da  Prefeita  Gorete  Pinto). Dona  Delfina  e  Francisco  são  os  pais  de  Possidônio  Alves de  Oliveira, avô  de  Conceição de  Antonio de Zuza.  Depois desta residência  existia  um terreno  foreiro, e logo a seguir  era  a  segunda  casa, pertencente  aos  irmãos  PEPEDO  LOUCEIRO  e  LEOPOLDO, tios  paternos de  Dona Mangá, esposa  de Sêo  Lulu  Curinga. Pepedo era  cego, cujo nome completo era  PEDRO SIDÔNIO DE  OLIVEIRA, nascido  em  1868, em Apodi.  O seu  irmão  Leopoldo tinha  o nome  civil  de  LEOPOLDO OTHON DE  OLIVEIRA., nascido  em  1863.
A  terceira  residência  pertencia  ao  Sr. LINO  LEITE, filho  de  Vicente  Ferreira  Leite (Vicentim  Picheco) e  Maria  Rosa  da  Conceição  Silveira. Lino  casou  em  1914  aos  22  anos de  idade  com  FRANCISCA  DAS  CHAGAS  LIMA (D. Chaguinha), e foram  pais  de  Francisco  Leite (Titico  Leite) , de  Raimunda, casada  com  João  Leite da  Silveira (Capitão) e  do  historiador  JOSÉ  LEITE.  Esta  casa  pertenceu  depois  ao  sr. LUÍS  FERREIRA  LIMA (Lulu  Curinga), nascido  em  Apodi  a  01.03.1896, que casou  com  Maria Engrácia  da  Conceição, conhecida  como  Dona  Mangá, que  foram  pais  das  Professoras  Carmelita  e  Rosa, de  Rita, de  Corina  e  de  Bacurau. Esta  casa pertenceu  depois  ao  casal  Zé  de  Felipe  e  Mundica  de  Abília.  A  Quarta  casa  pertencia  ao  Sr. ANTONIO DE  PÁDUA  LEITE (Antonio de  Luzia  de  Purana), patrono  da  banda  de  Música  Municipal, nascido  em  Apodi  a  13.06.1913  e  falecido  a  24.02.1986, que  veio a  casar  com  DOROTÉIA  DIÓGENES  PINTO, e foram  pais de  Edilson  Diógenes, sogro  de  uma  filha  do  velho  Lalá  de  Sêo  Domingos  Freire.  A  Quinta  casa  pertencia  ao  Sr. JOAQUIM  JARARACA (Joaquim Bernardo da Costa),falecido nesta casa  em  30.04.1929. avô  de  Mundico  Jararaca.  A Professora  Joaninha de  Benvinda  residiu  muitos  anos nesta  casa, que  depois  foi  ocupada  pelo  Sr.  Rodolfo  Gama.  A  Sexta  casa  era a  da  esquina  e  pertencia  ao  Sr.  VICENTE  NOGUEIRA  DE  OLIVEIRA, conhecido  como  Vicente  Baldino,nascido  em  1865, pai  de  Sêo  Luís  Morais, que  por  sua  vez  era  o  pai   de  Toinho  Morais  e  da  Professora  Socorro  Morais. Esta  casa  foi  comprada  por  Antonio  Pinto, que  depois  vendeu-a  ao  seu  irmão  Aristides  Pinto, que  deu-a  ao  seu  filho  Geraldo  Pinto/D.Santina, e  foi  onde  nasceram  todos  os  filhos  deste  casal, inclusive  este  rabiscador  de  fatos  históricos.  O  beco  que  divide  esta  casa  para  o  imóvel  que  sediou  o  antigo  "Bar  Satélite" (Sexta  Casa) tinha  o antigo nome  de  BECO DE LUZIA  PURANA, e   dá  início  à  atual  Rua  Antonio  Lopes  Filho. O  "Bar  Satélite" era o bar da elite  Apodiense,e  pertencia ao  Sr. Itamar  Maia, porém  o  imóvel  pertencia  ao  pai de  Itamar  Sr. Inácio Maia (sogro do  farmacêutico  Nenen  Holanda), que  vendeu-o ao  Sr. Júlio  Marinho.   Hoje, este  imóvel  pertence  ao  Sr. Erivan  Marinho, filho de  Celso  Marinho, que  por sua  vez  havia  herdado  de  seu  pai  Júlio  Marinho.


Por Marcos Pinto - HISTORIADOR APODIENSE 

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Luiz Meneghin — Brasileiro no America's Got Talent

Luiz Meneghin, brasileiro nascido em São Paulo, vive há 19 anos nos Estados Unidos e tem um sonho: cantar ópera profissionalmente. O jornal "The Salt Lake Tribune" o coloca como "O Susan Boyle" da nova temporada do America's Got Talent, que estreou dia 14 de maio de 2012 e vai ao ar normalmente às segundas e terças pela emissora NBC. Alguns já garantem que Luiz estará entre os finalistas. 
Essa foi sua primeira aparição e aconteceu dia 15/05/2012 durante o segundo episódio da sétima temporada


(20/06/2012)
As audições do America's Got Talent 2012 se dão por encerradas e Luiz voltará a se apresentar em Las Vegas. A "Vegas Week", como é chamada, será dividida em 3 partes e vai ao ar nos dias 25, 26 e 27 de junho, quando os mais de 100 candidatos selecionados nas audições por todo o país serão novamente julgados pelos jurados e disputarão 48 vagas para seguir em frente. A partir do dia 2 de julho o programa passará a ser apresentado ao vivo de Nova York e os 48 atos definidos voltarão a se apresentar para que o público vote e escolha o vencedor, que ganhará um show em Las Vegas e 1 milhão de dólares.

domingo, 17 de junho de 2012

OS MAIORES COLÉGIOS ELEITORAIS DO RN

O Tribunal Regional Eleitoral divulgou os números do eleitorado do RN até maio deste ano.
Natal, Mossoró e Parnamirim são os três municípios com o maior número de eleitores.
O ranking dos maiores colégios eleitorais é o seguinte:

01-Natal 528.364
02-Mossoró 163.727
03-Parnamirim 104.306
04-São Gonçalo do Amarante 65.248
05-Ceará-Mirim 50.144
06-Caicó 44.574
07-Macaíba 41.148
08-Assu 40.660
09-Currais Novos 32.835
10-Nova Cruz 28.905
11-Apodi 27.965
12-São José do Mipibu 26.056
13-Santa Cruz 25.687
14-João Câmara 24.322
15-Canguaretama 23.884
16-Touros 23.010
17-Macau 20.228
18-Pau dos Ferros 19.958
19-Areia Branca 19.842
20-Extremoz 19.170
21-São Miguel 18.507
22-Santo Antonio 18.108


Pagina de origem: Fator RRH

sábado, 16 de junho de 2012

AQUI IN NÓIS O PESSUÁ FALA ASSIM



Botão é pitôco
Se é miúdo é pixototinho
Se é pequeno é cotôco
Tudo que é bom é massa
Tudo que não tem qualidade é peba
Rir dos outros é mangar
Se é franzino é xôxo
O bobo se chama leso
E o medroso chama frouxo
Tá estranho tá tronxo
Vai sair diz vou chegar
Mendigo é esmolé
Cara (=caba) sem dinheiro é liso
Pernilongo é muriçoca
Chicote se chama açoite
Quem entra sem licença emburaca
Sinal de espanto é vôte!
Se tá folgado tá folote
Se a calça tá curta tá pegando-marreco
Quem tem sorte é cagado
Quem dá furo é fulero
Sujeira de olho é remela
Gente insistente é pegajosa
Agonia é aperreio
Meleca se chama catota
Gases se chamam bufa
Catinga de suor é inhaca
Palhaçada é munganga
Desarrumado é malamanhado
Bainha é abanhado
Pessoa triste é borocoxô
É mesmo! é Iapôis!
Correr atrás de alguém é dar uma carrera
Cabide é ombrêra
Passear é bater perna
Fofoca é babado, resenha
Estouro se chama pipôco
Confusão é rolo
Bater no carro é dar uma barruada
Jogar fora é jogar no mato
Ficar puto, irado é ficar grosso!
Qualquer coisa é “negócio”
Fazer a volta é arrudiar
Se não souber do verbo diz coisar

sexta-feira, 15 de junho de 2012

National Geographic apresentará matéria sobre a Produção de Arroz Vermelho no Vale do Apodi



    Confirmado a visita de repórteres da National Geographic em Apodi no mês de julho. A equipe visitará áreas de produção de Arroz Vermelho em algumas comunidades rurais do Vale.
A idéia é de aproveitar o período da colheita (nas duas primeiras semanas do mês) para que o público possa conhecer todo o processo, desde o plantio até o consumo e comercialização. A entrevista acontecerá com produtores associados à Associação dos Produtores de Arroz do Vale do Apodi – APAVA que contarão o histórico dessa produção secular que vem desde seus familiares do passado.
O Arroz Vermelho ou Arroz da Terra é produzido em alguns estados brasileiros e o Rio Grande do Norte é um deles, destacando o Vale do Apodi como a principal região de produção, e esta é reconhecida nacionalmente por meio de associações e cooperativas que vem incentivando cada dia mais os agricultores e agricultoras.
Em breve traremos mais informações.

Por João Francisco
Pagina de origem: Marmota Apodiense

segunda-feira, 11 de junho de 2012

CARINHOSO - HISTÓRIA DA MÚSICA

Marisa Monte e Paulinho da Viola.
Música 1917, Pixinguinha (Alfredo da Rocha Viana),
letra1937,  João de Barro ( BRAGUINHA - Carlos Alberto Ferreira Braga)

"Carinhoso" tem uma história que se inicia de forma inusitada, com o autor
da música (Pixinguinha) mantendo-a inédita por mais de dez anos; sua
justificativa, no depoimento que deu ao Museu da Imagem e do Som do Rio de
Janeiro em 1968 :

" Eu fiz o 'Carinhoso' em 1917. Naquele tempo o pessoal nosso da música não
admitia choro assim de duas partes (choro tinha que ter três partes).

Então, eu fiz o "Carinhoso" e encostei. Tocar o 'Carinhoso' naquele  meio!
Eu não tocava....ninguém ia aceitar".

O jovem Pixinguinha, então com 20 anos, não se atrevia a contrariar o
esquema adotado nos choros da época, herdada da polca.

Ele mesmo esclareceu, no depoimento, que 'Carinhoso' era uma polca, polca
lenta. O andamento era o mesmo de hoje e eu
classifiquei  de polca ou polca vagarosa. Mais tarde mudei para chorinho".

"Carinhoso" foi gravado, apenas instrumentalmente, em 1928 pela orquestra
Típica Pixinguinha-Donga.

Sobre essa gravação, um crítico pouco versado em jazz publicou o seguinte
comentário na revista Phonoarte (nº 11, de 15.01.1929):

"Parece que o nosso popular compositor anda sendo influenciado pelos ritmos
e melodias do jazz. É o que temos notado, desde algum tempo e
mais uma vez neste seu choro, cuja introdução é um verdadeiro fox-trot e
que, no seu decorrer, apresenta combinações de música popular yankee.

Não nos agradou".

Ainda sem letra, 'Carinhoso' teria mais duas gravações apenas instrumentais.
Apesar das três gravações e execuções em programas de rádio e rodas de
choro,

continuava até meados dos anos trinta ignorado pelo grande público.

Em outubro de 1936, um acontecimento iria contribuir de forma acidental para
uma completa mudança no curso de sua história:

encenava-se naquele mês no Teatro Municipal do Rio de Janeiro o espetáculo
"Parada das Maravilhas,
promovido pela primeira dama, dna. Darcy Vargas, em benefício da obra
assistencial Pequena Cruzada.

Convidada a participar do evento, a atriz e cantora Heloísa Helena pediu a
seu amigo Braguinha uma canção nova que
marcasse sua presença no palco. Não possuindo nenhuma na ocasião, o
compositor aceitou então a sugestão da amiga para que
pusesse versos no choro "Carinhoso".

"Procurei imediatamente o Pixinguinha", relembra Braguinha, "que me mostrou
a melodia num dancing (o Eldorado) onde estava
atuando : "No dia seguinte entreguei a letra a Heloísa, que muito
satisfeita, me presenteou com uma gravata italiana".

Surgiu assim, escrita às pressas e sem maiores pretensões a letra de
"Carinhoso", que se tornaria um dos maiores clássicos da MPB a partir do
momento que pode ser cantado. Recebeu mais de duzentas gravações, desde a
primeira (28.05.1937) cantada por Orlando Silva,
o "cantor das multidões" .

Dárcio Fragoso


sexta-feira, 1 de junho de 2012

ALGUNS FATOS QUE ACONTECERAM NO MÊS DE JUNHO AO LONGO DA HISTÓRIA DO APODI

NOSSA HISTÓRIA

04 DE JUNHO DE 1936
   
Falece no Apodi o historiador Nonato Mota. Era o segundo filho  do casal José da Mota Ferreira Zuza e Emília Anacildes Fernandes bonavides. Era casado co Francisca Praxedes Fernandes Mota. Deste casamento nasceram 13 filhos. Escreveu interessante trabalho sobre a história do município do Apodi, intitulado “Notas Sobre a Ribeira do Apody”, em que se acham relacionados fatos e acontecimentos do passado, informações, transcrições de documentos, sendo bastante útil para estudos.
     O trabalho deste historiador apodiense foi publicado na Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, Vols. XVIII e XIX, nº 1 e 2, 1920/1921.
    Valter de Brito Guerra, outro apodiense abnegado pelos fatos históricos da sua terra natal, faz parte da plêiade perscrutadora do passado,  inseridas nas honrosas pessoas de Manoel Coriolano, Nonato Mota e José Leite.





02 DE JUNHO DE 1960
   
Neste dia prestigiosos lideres políticos apodienses (abaixo nominados) enviam telegrama de adesão à candidatura do deputado Aluizio Alves ao governo do RN.
   Eis o teor na íntegra:
  Apodi – 2
  “Temos o prazer de comunicar que nesta data resolvemos apoiar as  candidaturas de Aluizio Alves e Monsenhor Walfredo Gurgel,  que terão neste município espetacular vitória.
Os candidatos da esperança receberam aqui as maiores manifestações de apreço e solidariedade.
(aa) Luiz Galdino, Antonio Silva Pinto, Francisco Paulo Freire, Manuel Antonio de Sousa, Josué Câmara, Aristides Ferreira Pinto, Dr. José Pinto, Francisco Moreira de Souza, Francisco Torres, Itamar Maia, Aurino Gurgel, José Sabino, Manoel Libânio, Valter Guerra, Julio Marinho, Francisco Felinto, João Manequim, Fernandes Souza, Celso Marinho, Francisco Holanda Cavalcante, João Benicio, Joel Canela, Ari Amorim, Agostinho Sancho, Paulo Nascimento, José Firmino, João Noronha, Abílio  soares, João Batista Oliveira, Luiz Marcolino Costa, José Patrocínio do Rosário, Raimundo Simplício e Robson Lopes.




08 DE JUNHO DE 1960
    
Neste dia o Cel. Lucas Pinto, encontrando dificuldades em conseguir eleitores para Djalma Marinho e Vingt Rosado, resolve por o retrato de Aluizio Alves em seu jeep.
  Arguto, percebera que o povo de Apodi cedera ao carisma do “cigano feiticeiro”.
Tornava-se público, assim, a adesão do velho chefe político oestano. Antes era assunto  de bastidores.




09 DE JUNHO DE 1966
   
    Através do decreto nº 4.478/66 desta data, foi criado o Ginásio Estadual “Professor Antonio Dantas”. O insigne historiador Valter de Brito Guerra, em seu memorável livro “Apodi, Sua História” faz a necessária observação de que “a distância que separou a criação da primeira escola pública em Apodi  (15 de outubro de 1827) e a  instalação do Ginásio revela o atraso da educação do Estado e no Município.
   O Ginásio Estadual “Professor Antonio Dantas” teve como 1º Diretor o Bacharel em Direito Francisco Alcivan Pinto, Homem de elevados atributos intelectuais. 





02 DE JUNHO DE 1974
   
    O padre José Freire de Oliveira Neto é ordenado Bispo da diocese de Mossoró, em solenidade acentuadamente concorrida.
   Com muita fé e dedicação cristã, ordenara-se Padre em Roma, recebendo os mais elevados votos de distinta estima e consideração dos cardeais do vaticano.
 Os anais históricos da cidade de Apodi  foram enriquecidos com essa eminente trajetória sacerdotal de um abnegado filho da terra.









O texto foi copiado do livro Datas e Notas Para a História do Apody II  (Marcos Pinto)