domingo, 26 de fevereiro de 2012
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
PEDRO NORONHA - UM DESBRAVADOR APODIENSE NA FLORESTA AMAZÔNICA.(I).
O município de Apodi tem seu nome registrado em referenciais históricos de longínquos rincões deste país, através de seus filhos, que procuraram novos horizontes em outras plagas. Com suas abnegadas e indômitas participações, fundaram vilas e cidades, rasgando matas virgens e deixando suas pegadas nos fastos do progresso. Dentre cidades fundadas por Apodienses, destacam-se JATI , no estado do Ceará, fundada por Antonio Moura, seu filho Antonio da Cunha Moura e Anastácio de Moura, e a cidade DIANÓPOLIS, do Estado do Tocantins, do antigo estado de Goiás, fundada pelo destemido Francisco Liberato da Silva Costa, em 1890. Tangidos pelas secas inclementes, geralmente tinham a floresta amazônica como destino de suas profícuas labutas. Dentre estes indômitos heróis esquecidos, sobressai-se a figura sertaneja de fibra e arrojo de um PEDRO JOSÉ DE NORONHA. Nasceu em Apodi a 29 de Abril de 1896, filho legítimo de José Umbelino de Noronha e de Alexandrina Gomes Pinto; Neto paterno de Sebastião Gomes de Oliveira (Tatão Paulino) e de Francisca Gomes de Oliveira. Neto materno de Alexandre Ferreira Pinto e de Maria Gomes da Assunção. Casou com ISABEL SOFIA PINTO, filha de Vicente Gomes Ferreira Pinto (Vicente Xandú) e de Maria Belisa da Silva Filha (Marica). A veneranda Sra. Lindalva Noronha, (Filha de Pedro Noronha) fez um trabalho de importante cunho histórico-familiar sobre a saga de seu pai, intitulado "Datas Inesquecíveis", do qual transcrevo os seguintes trechos:
“por volta de 1944, uma companhia americana em comum acordo com o governo brasileiro, passou a transportar para o Amazonas, qualquer pessoa que quisesse trabalhar na extração da borracha”. Pedro Noronha, seus filhos José e Vicente e seu genro Lucas, embarcaram para o Amazonas, deixando suas famílias chorando de dor e saudades.
(Escrito por Marcos Pinto e Lindalva Noronha).
“por volta de 1944, uma companhia americana em comum acordo com o governo brasileiro, passou a transportar para o Amazonas, qualquer pessoa que quisesse trabalhar na extração da borracha”. Pedro Noronha, seus filhos José e Vicente e seu genro Lucas, embarcaram para o Amazonas, deixando suas famílias chorando de dor e saudades.
Pedro Noronha aos 90 anos |
O Nordestino é acima de tudo um forte, um guerreiro! A viagem de navio era longa e penosa.
Chegando a Manaus, foram apresentados a um “certo patrão” – Rui Ascensão que logo providenciou para que eles embarcassem num outro navio que os levaria a um Seringal às margens do rio Purus. Com eles também iam muitos outros nordestinos e até alguns parentes.
Seu Rui percebeu logo o caráter e a disposição daqueles homens mandou que Pedro Noronha e os demais fossem trabalhar numa “colocação” de nome Igualdade às margens do Rio Purus.
Pedro José de Noronha, descendente de uma família nobre do RN casado com sua prima Izabel Sofia (F) Pinto (Mimosa). Izabel e Antonia (mãe de Palmira) eram filhas de Vicente Gomes Ferreira Pinto e Maria Belisa da Silva Filha (Marica). Pedro Noronha e Izabel foram pais de doze filhos. Dois deles morreram logo, ficando apenas dez, sendo seis homens:
José (Dé)
Vicente (futuro administrador do Seringal)
Sebastião (o Noroinha)
Pedro (o Totó)
Francisco (o Chiquito)
Geraldo (o Bial)
E quatro mulheres:
Isabel Sofia e Pedro Noronha |
Maria (a 1ª filha já casada com Lucas de Tatão Paulino e com duas filhas e grávida pela 3ª vez)
Amélia (casou com Sebastião de Freitas)
Izabel (casou com João Basílio)
Lindalva (casou com Jacinto)
Na tal colocação denominada Igualdade, só havia até então um velho barracão coberto de palha, suspenso do chão e até as paredes, eram de palhas. A panela onde cozinhavam o feijão, o peixe, a caça era pendurada numa corda e o fogo de lenha embaixo".
O barracão velho e o novo |
O seringal "Igualdade" situava-se às margens do rio Purus, e pertencia ao município de Labre, no estado do Amazonas. Na margem direita do rio era o lado agrícola,onde havia moinho para prensar a cana e daí todo o processo para obter os derivados da cana: garapa, açúcar preto,rapadura,batida, alfenim, álcool, e a cachaça que tinha o nome de "Me solte". Nesta particularidade do nome da aguardente entra o apodiense FRANCISCO PAULO FREIRE (Sêo Chico Paulo). Por volta do ano de 1949 o mesmo esteve trabalhando no seringal "Igualdade", onde amealhou considerável recurso econômico, o que proporcionou o seu retorno à Apodi, tendo comprado muitos bens imóveis, dentre eles a fazenda "Salgado". Nesta fazenda, sêo Chico Paulo fez um resgate histórico de sua estadia no Amazonas, tendo instalado um alambique, produzindo uma saborosa aguardente à qual deu o nome de "ME SOLTE".
Pedro Noronha e os seringueiros |
Ainda sobre o seringal "Igualdade" - A maioria dos seringueiros eram Apodienses recrutadas por Pedro Noronha, de preferência parentes das famílias PAULINO e PINTO, radicadas no sítio "Melancias". Na margem onde ficavam as casas havia muita árvores frutíferas. Desse modo, havia a criação de bovinos,caprinos,ovinos,suínos,galináceos de muitas espécies. Alguns homens ainda caçavam e a caça era farta. Pescava-se de rede, de arpão e de anzol no rio e nos igarapés. O pirarucu era muito apreciado.
Lindalva Noronha |
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
O QUÊ ESTÁ FALTANDO NO TEXTO ABAIXO?
Sem nenhum tropeço posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo isso permitindo mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível. Pode-se dizer tudo, com sentido completo, mesmo sendo como se isto fosse mero ovo de Colombo.
Trechos difíceis se resolvem com sinônimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo, sem o "P", "R" ou "F", o que quiser escolher, podemos, em corrente estilo, repetir um som sempre ou mesmo escrever sem verbos.
Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir. Porém mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos. Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês. Por quê?
Cultivemos nosso polifônico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores.
Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores. Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos.
Descobriu?
Então aqui vai...
NÃO TEM A LETRA A EM LUGAR NENHUM DO TEXTO!
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
HISTÓRIA DO CARNAVAL
ORIGEM DO CARNAVAL
Dez mil anos antes de Cristo, homens, mulheres e crianças se reuniam no verão com os rostos mascarados e os corpos pintados para espantar os demônios da má colheita. As origens do carnaval têm sido buscadas nas mais antigas celebrações da humanidade, tais como as Festas Egípcias que homenageavam a deusa Isis e ao Touro Apis. Os gregos festejavam com grandiosidade nas Festas Lupercais e Saturnais a celebração da volta da primavera, que simbolizava o Renascer da Natureza. Mas num ponto todos concordavam, as grandes festas, como o carnaval, estão associadas a fenômenos astronômicos e a ciclos naturais. O carnaval se caracteriza por festas, divertimentos públicos, bailes de máscaras e manifestações folclóricas. Na Europa, os mais famosos carnavais foram ou são: os de Paris, Veneza, Munique e Roma, seguidos de Nápoles, Florença e Nice
Carnaval de Pernambuco
Sr Veludinho , com 100 anos de idade, batuqueiro doMaracatú Leão Coroado · 1966 CARNAVAL NO BRASIL O carnaval foi chamado de Entrudo por influência dos portugueses da Ilha da Madeira, Açores e Cabo Verde, que trouxeram a brincadeira de loucas correrias, mela-mela de farinha, água com limão, no ano de 1723, surgindo depois as batalhas de confetes e serpentinas. No Brasil, o carnaval é festejado tradicionalmente no sábado, domingo, segunda e terça-feira anteriores aos quarentas dias que vão da quarta-feira de cinzas ao domingo de Páscoa. Na Bahia, é comemorado também na quinta-feira da terceira semana da Quaresma, mudando de nome para Micareta. Esta festa deu origem a várias outras em estados do Nordeste, todas com características baianas, com a presença indispensável dos Trios Elétricos e são realizadas no decorrer do ano; em Fortaleza realiza-se o Fortal; em Natal, o Carnatal; em João Pessoa, a Micaroa;em Campina Grande, a Micarande; em Maceió, o Carnaval Fest; em Caruaru, oMicarú; no Recife, o Recifolia, já extinto. |
CARNAVAL NO RECIFE
Século XVII - De acordo com as antigas tradições, mais ou menos em fins do século XVII, existiam as Companhias de Carregadores de Açúcar e asCompanhias de Carregadores de Mercadorias. Essas companhias geralmente se reuniam para estabelecer acordo no modo de realizar alguns festejos, principalmente para a Festa de Reis. Esta massa de trabalhadores era constituída, em sua maioria, de pessoas da raça negra, livres ou escravos, que suspendiam suas tarefas a partir do dia anterior à festa de Reis. Reuniam-se cedo, formando cortejos que consistia de caixões de madeira carregados pelo grupo festejante e, sentado sobre ele uma pessoa conduzindo uma bandeira. Caminhavam improvisando cantigas em ritmo de marcha, e os foguetes eram ouvidos em grande parte da cidade.
Século XVIII - Os Maracatus de Baque Virado ou Maracatus de Nação Africana, surgiram particularmente a partir do século XVIII. Melo Morais Filho, escritor do século passado, no seu livro Festas e Tradições Populares, descreveuma Coroação de um Rei Negro, em 1742. Pereira da Costa, à página 215 do seu livro, Folk-lore Pernambucano, transcreve um documento relativo à coroação do primeiro Rei do Congo, realizada na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, da Paróquia da Boa Vista, na cidade do Recife. Os primeiros registros destas cerimônias de coroação, datam da segunda metade deste século nos adros das igrejas do Recife, Olinda, Igarassu e Itamaracá, no estado e Pernambuco, promovidas pelas irmandades de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e de São Benedito.
Século XIX - Depois da abolição da escravatura, em 1888, os patrões e autoridades da época permitiram que surgissem as primeiras agremiações carnavalescas, formadas por operários urbanos nos antigos bairros comerciais. Supõe-se que as festas dos Reis Magos serviram de inspiração para a animação do carnaval recifense. De acordo com informações de pessoas antigas que participaram desses carnavais, possivelmente o primeiro clube que apareceu foi o dos Caiadores. Sua sede ficava na Rua do Bom Jesus e foi fundador, entre outros, um português de nome Antônio Valente. Na terça-feira de carnaval à tarde o clube comparecia à Matriz de São José, tocando uma linda marcha carnavalesca e os sócios levando nas mãos baldes, latas de tinta, escadinhas e varas com pincéis, subiam os degraus da igreja e caiavam (pintavam), simbolicamente. Oriundo dos Caiadoressurgiu, em 1888, o Bloco das Pás de Carvão, que em 1890, mudou o nome para Clube Carnavalesco Misto das Pás. Outros Clubes existiam no bairro do Recife: Xaxadores,Canequinhas Japonesas, Marujos do Ocidente e Toureiros de Santo Antônio.
Século XX - O carnaval do Recife era composto de diversas sociedades carnavalescas e recreativas, entre todas destacava-se o Clube Internacional, chamado clube dos ricos, tinha sua sede na Rua da Aurora, no Palácio das Águias. A Tuna Portuguesa, hoje Clube Português, tinha sua sede na Rua do Imperador. A Charanga do Recife, sociedade musical e recreativa, com sede na Avenida Marquês de Olinda e a Recreativa Juventude, agremiação que reunia em seus salões a mocidade do bairro de São José. O carnaval do início deste século era realizado nas ruas da Concórdia, Imperatriz e Nova, onde desfilavam papangus e máscaras de fronhas (fronhas rendadas enfiadas na cabeça e saias da cintura para baixo e outra por sobre os ombros), esses mascarados sempre se apresentavam em grupos. Nesses tempos, o Recife não conhecia eletricidade, a iluminação pública eram lampiões queimando gás carbônico. Ostransportes nos dias de carnaval vinham superlotados dos subúrbios para a cidade. As linhas eram feitas pelos trens da Great Western e Trilhos Urbanos do Recife, chamados maxambombas, que traziam os foliões da Várzea, Dois Irmãos, Arraial, Beberibe e Olinda. A Companhia de Ferro Carril, com bondes puxados a burros, trazia foliões de Afogados, Madalena e Encruzilhada. Os clubes que se apresentaram entre 1904 e 1912 foram os seguintes: Cavalheiros de Satanás,Caras Duras, Filhos da Candinha e U.P.M.; este último criado como pilhéria aos homens que não tinham mais virilidade.
O Corso - Percorria o seguinte itinerário: Praça da Faculdade de Direito, saindo pela Rua do Hospício, seguindo pela Rua da Imperatriz, Rua Nova, Rua do Imperador, Princesa Isabel e parando, finalmente na Praça da Faculdade. O corso era composto de carros puxados a cavalo como: cabriolé, aranha, charrete e outros. A brincadeira no corso era confete e serpentina, água com limão e bisnagas com água perfumada. Também havia caminhões e carroças puxadas a cavalo e bem ornamentadas, rapazes e moças tocavam e cantavam marchas da época dando alegre musicalidade ao evento. Fanfarras contratadas pelas famílias, desfilavam em lindos carros alegóricos.
Autora: Claudia M. de Assis Rocha Lima
Página de Origem: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=536&Itemid=182
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