quinta-feira, 4 de abril de 2013

HISTÓRIA DO OBELISCO DA PRAÇA DE SÃO PEDRO

Ano de 37 d.C.
Como troféu de guerra, um enorme obelisco é trazido de navio, da cidade egípcia de Heliópolis                                                                                              até Roma, sob o domínio do imperador Calígula, para ser colocado em seu Circus Maximus.
Afresco na ‘Galería de Mapas Vaticana’, pintado entre 1580-1583
onde Antonio Dante imaginou a chegada do obelisco de Calígula.
Circus Maximus construído pelo imperador Calígula
(terminado por Nero)
O Circo de Nero em um velho mapa de Roma, impresso em 1561,
o globo em detalhe, e a cruz e cristã que substituíram o globo.

A esfera de metal localizada no cume abrigava, de acordo com lenda
medieval, os restos de Julio César, que foram substituídos por um
pedaço do Lignum Crucis, madeira da cruz onde pregaram Cristo.
Mais tarde o Papa Sixto V, como parte
do plano para embelezar Roma ordena a transferência do obelisco para a frente
da Basílica do Vaticano, famoso como a
“testemunha muda”, pois ao lado dele
 Pedro foi crucificado no Circo de Nero.


Para o projeto desta mudança foram apresentados 500 planos diferentes,
 e o premiado foi o projeto elaborado pelo arquiteto Domenico Fontana.
10 de setembro do ano de 1586
900 homens com 150 cavalos, incontáveis talhas e centenas de metros de corda,
tentam pôr em pé, no centro da Praça de San Pedro, em Roma, o enorme
obelisco egípcio de 350 toneladas, com mais de 25 metros altura e   mais de 4.000 anos de idade.
Forçados a permanecer em silêncio, sob pena de morte, os trabalhadores começam
a içar a enorme pedra de granito rosa, mas devido à fricção das cordas, estas começam
a esquentar e fumacear e eles começam a esmorecer até que, por toda a praça de
São Pedro, ressoa um forte grito:
 Molhem as cordas!
Era o capitão Bresca, marinheiro de Ligúria, sabedor de que cordas de linho arrebentam
se não forem esfriadas, e arriscando-se valentemente sem temer ser enforcado
lança sua voz para salvar o bloco de
pedra, talhado em Asuan.
Feito da engenharia que durou um ano inteiro, do transporte ao içamento,
reproduzido fielmente nesse livro esplêndido,
num volume de 1590.
O obelisco erguido, em pintura de 1630.


Mas o que aconteceu com o valente navegante chamado Bresca que gritou a todo o pulmão?
Foi imediatamente detido e levado diante do Papa. Mas Sixto V, em vez de castigá-lo, o recompensou concedendo-lhe o privilégio de içar a bandeira do Vaticano no navio dele.
Também foi concedido a ele e a seus herdeiros, o direito de vender com, exclusividade, palmas do Domingo
de Ramos na Praça de São Pedro.
E desde muitos séculos, os descendentes dele continuam tendo essa prerrogativa papal de fornecer ramos de palmeiras na praça.
Placa do Obelisco Egípcio na Praça de São Pedro, de 1586
Aqua alle funni!
Grito dado em dialeto genovês e convertido em símbolo contra o poder.
Utilizado para ressaltar a coragem  e a valentia de alguém contra a prepotência, 
antepondo o bem comum ao próprio risco, sem se importar com consequências pessoais....Muito raro hoje em dia!
Símbolo do poder medieval, ano 37, preservado na Praça de São Pedro.







Um comentário:

Unknown disse...

Muito boa a sua matéria, gostei muito. Você está de parabém.