Compulsando os
anais históricos sobre o município do
Apodi, resta configurada uma extensa lista
de virulentas manifestações de exacerbado
e inconsequente radicalismo político. Esse
desiderato revela perseguições políticas, açoites,
acumpliciamento e acolhida a hordas cangaceiras,
saques, depredações e assas-
natos. É
imprescindível que exterminemos de uma vez
por todas esse nocivo comportamento
político, emparedando desejos e delírios
de comando de grupelhos que se
autodenominam de líderes. Decretemos que o
prazo de validade do engodo chegou ao
final.
Não há como obscurecer a realidade
de que esse danoso processo presente
na história de Apodi restringe-se ao
conservadorismo das forças políticas dominantes,
que tem como meta basilar a manutenção
dos padrões sociais tradicionais do baraço e
do cutelo. As flagrantes perdas de
oportunidade que alavancariam o progresso de
Apodi colidem com as irascíveis
manifestações de oposição radical à
implantação de obras es-
truturantes, vistas
sob a ótica desarrazoada da oposição, que
veste a carapuça da inveja e do infundado
temor de que a concretização de uma
obra de vulto proporcione dividendos
eleitorais à pessoa que logrou êxito
na consecução da obra relevante. Agem
nesse diapasão com fito único de
satisfazer seus insanos egos ,reféns do
assédio do mandonismo inconsequente, sem atentar
para o fato de que o radicalismo
constitui um
atentado ao bem
estar da coletividade.
A persistência desse pérfido mal
emblematiza o município do Apodi como
o que mais perdeu espaços e
oportunidades em
termos de progresso. Tem formado uma
barreira quase intransponível para que o
Apodi saia
desse famigerado
marasmo e atraso em seu desenvolvimento
urbano e rural. É bem verdade que
essa doentia manifestação de conduta e
pensamento atrela-se à inexpressivos e
inexpressivos grupelhos políticos que tem
como meta principal a satisfação de
seus interesses pessoais. São reconhecidos
como redutos de egos inflados por ódios
inexplicáveis e sem referenciais que os
justifiquem.
É de estarrecer e causar estranheza
o fato de que o município do Apodi,
detentor de vultoso potencial de
recursos naturais
que o alavancaria aos umbrais do
progresso, tenha sido entregue à letargia e
à indiferença
dos seus
administradores, ao longo de sua história
política e administrativa - 1833 a 2013.
Aos conterrâneos
que pretendam
fazer uma incursão à esse esquecido
capítulo da história do Apodi, sugiro
envidar pela pesquisa
nos 04 Tomos
que tratam da história do RN, que
tem o instigante título "FALAS E
RELATÓRIOS DOS PRESIDENTES DA PROVÍNCIA DO
RIO GRANDE DO NORTE " - Coleção
Mossoroense - Fundação Vingt-Un Rosado. Há
uma vastidão de informes históricos sobre
o Apodi, dispersos em notas abreviadas, mas
que juntas em miscelânea, serão de suma
importância para nosso conhecimento.
Dentre a imensa gama de fatos lamentáveis
que macularam a história do Apodi, e
que constituíram perdas
irreparáveis para
o nosso patrimônio material e moral,
merecem destaque:
- Importação, via Tilon Gurgel, de elementos
dados à truculências, vindos da cidade
do Martins e da serra do Pereiro, no
Ceará, respectivamente Srs. Juvêncio Barreto
e Martiniano de Queiroz Porto e Décio
Holanda, que fixaram residência em Apodi no
ano de 1915, tendo Juvêncio passado a
residir em sua fazenda "Unha de
Gato", e Martiniano naquele sobrado onde
funcionou o primeiro Cine Odeon, na rua
João Pessoa. Já o Décio Holanda
fixou moradia no
sítio "Brejo do Apodi", em terras do seu
sogro Tilon Gurgel. Décio era protetor
e pagador de um bando de cabras
armados, em número de cinquenta.
- O Desembargador Felipe Guerra trafica
influência e indica para assumir a
Comarca de Apodi (Ano 1922) o seu
amigo íntimo Dr. João Dantas Sales, que
assumiu publicamente que cerrava fileiras
na oposição ao então Presidente da Intendência
Coronel João Jázimo Pinto e seu genro
Francisco Pinto, transformando sua residência em
valhacouto do chefe de cangaceiros Benedito
Saldanha, a quem protegia às escancaras.
Para fazer cessar esse acinte ao povo
de Apodi, em 1925 o então governador
do estado Dr. José Augusto promoveu o
Juiz João Dantas Sales para uma
comarca de segunda Entrância, o que o fez
sair da cidade do Apodi;
- Em 10 de Maio de 1927 a
cidade do Apodi é assaltada e
saqueada por um bando de cangaceiros, em
número de 27, pertencentes ao bando de
Lampião, que se achava aquartelado na Serra
do Pereiro, em fazenda de José Cardoso, primo
e compadre de Décio Holanda, que por
sua vez era genro do pérfido e
truculento Tilon Gurgel. O bando era comandado
por Massilon Benevides. Nesse fatídico dia
o bando assassinou o comerciante apodiense
Manoel Rodrigues, que deixou a viúva Lúcia,
que viria a casar com o Sr. Vicente
Maia;
- Em 1931 o Desembargador Felipe
Guerra, em manobra sórdida para prejudicar
o povo apodiense, retirou a sede da Comarca
para a cidade de Caraúbas, rebaixando
Apodi à condição de Termo da Comarca
de Caraúbas. Essa humilhante situação só
foi revertida em 1947, quando o então
Prefeito Lucas Pinto elegeu o Telegrafista
Cosme Lemos, casado com uma apodiense (Hilda
Lopes, tia de Robson Lopes) Deputado Estadual,
que apresentou projeto que retornava Apodi
à condição de sede da comarca;
- Entre o período de 1920 a
1934 o Des. Felipe Guerra tenta
alocar recursos federais via Deputado
Federal Martins Veras, para construção da Barragem
de Passagem Funda, com o fito único de
transformar a várzea do Apodi num
imenso lago, expulsando humildes agricultores
vinculados às hostes pacifistas da
família PINTO;
- Em Janeiro de 1934 o líder
político Coronel Francisco Pinto é sondado
pelos líderes políticos e ex-governadores José
Augusto e Juvenal Lamartine para aceitar
a indicação do seu nome como
candidato indireto ao cargo de governador do
estado, tendo os mesmos recebido a anuência
do líder apodiense. O governador era
eleito pelos srs. Deputados Estaduais, em votação
realizada na Assembléia Legislativa. Ocorre que
os invejosos Luiz Leite e Tilon
Gurgel, pressentindo a vitória do Partido Popular
em maioria de Deputados Estaduais, contrataram
a mão mercenária do bandido Itauense
Roldão Frutuoso de Oliveira, vulgo Roldão
Maia, que assassinou covardemente o líder
Francisco Pinto, às 20:30 horas do dia
02 de Maio de 1934. Em Outubro, realmente
o Partido Popular, ao qual Francisco Pinto
pertencia, elegeu uma bancada de 14
Deputados Estaduais, contra 11 do Partido
Liberal, dentre os quais Benedito Saldanha
e Felipe Guerra. Apodia perdia, assim, a
oportunidade única de ter um seu
filho governador do estado;
- Em 2010, 2011 e 2012 o
município de Apodi perde, pela desunião e
pelo radicalismo político predominante, O
Campus da Ufesa, respectivamente para as
cidades de Angicos, Caraúbas e Assu.
Diante todos esses infortúnios e mazelas,
resta a necessidade de que todos nós
APODIENSES nos unamos em um só
pensamento e um só objetivo, cerrando
fileiras nesse magnífico e profícuo
movimento EM PROL DA CRIAÇÃO E
INSTALAÇÃO DO CAMPUS DA UERN EM APODI.
Que esse movimento represente o marco
inicial para a erradicação desse mal
que tanto tem atrasado e prejudicado
o nosso município. A juventude que
comanda o movimento é detentora de
imensurável capacidade para conduzir debates,
negociações, articulações e formulações, pela eficiência
na leitura da realidade apodiense.
Juventude com reconhecida densidade cultural
para conceber idéias, construir posições,
elaborar propostas e projetá-las para o
centro do debate, liderando sua
repercussão e tomada de posição.
AVANCEMOS conterrâneos ! AVANTE Apodi !.
Marcos Pinto - 22.07.2013.
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