Afresco na
‘Galería de Mapas Vaticana’, pintado entre 1580-1583
onde Antonio Dante imaginou a chegada do obelisco de Calígula.
Circus Maximus construído pelo imperador Calígula
(terminado
por Nero)
O Circo de Nero em um velho mapa de Roma, impresso em 1561,
o globo em detalhe, e a cruz e cristã que substituíram o
globo.
A esfera de metal localizada no cume abrigava, de acordo com
lenda
medieval, os restos de Julio César, que foram substituídos
por um
pedaço do Lignum Crucis, madeira da cruz onde pregaram
Cristo.
Mais tarde o Papa Sixto V, como parte
do plano para embelezar Roma ordena a transferência do
obelisco para a frente
da Basílica do Vaticano, famoso como a
“testemunha muda”, pois ao lado dele
Pedro foi
crucificado no Circo de Nero.
Para o projeto desta mudança foram apresentados 500
planos diferentes,
e o premiado foi o
projeto elaborado pelo arquiteto Domenico Fontana.
10 de setembro do ano de 1586
900 homens com 150 cavalos, incontáveis talhas e centenas de metros de corda,
tentam pôr em pé, no centro da Praça de San Pedro, em Roma, o enorme
obelisco egípcio de 350 toneladas, com mais de 25 metros altura e mais de 4.000 anos de idade.
Forçados a permanecer em silêncio, sob pena de morte, os trabalhadores começam
a içar a enorme pedra de granito rosa, mas devido à
fricção das cordas, estas começam
a esquentar e fumacear e eles começam a esmorecer até
que, por toda a praça de
São Pedro, ressoa um forte grito:
Molhem as cordas!
Era o capitão Bresca, marinheiro de Ligúria, sabedor de
que cordas de linho arrebentam
se não forem esfriadas, e arriscando-se valentemente sem
temer ser enforcado
lança sua voz para salvar o bloco de
pedra, talhado em Asuan.
Feito da engenharia que durou um ano inteiro, do transporte ao içamento,
reproduzido fielmente nesse livro esplêndido,
num volume de 1590.
O
obelisco erguido, em pintura de 1630.
Mas o que aconteceu com o valente navegante chamado
Bresca que gritou a todo o pulmão?
Foi imediatamente detido e levado diante do Papa. Mas
Sixto V, em vez de castigá-lo, o recompensou concedendo-lhe o privilégio de
içar a bandeira do Vaticano no navio dele.
Também foi concedido a ele e a seus herdeiros, o direito de vender com, exclusividade, palmas
do Domingo
de Ramos na Praça de São Pedro.
E desde muitos séculos, os descendentes dele continuam
tendo essa prerrogativa papal de fornecer ramos de palmeiras na praça.
Placa
do Obelisco Egípcio na Praça de São Pedro, de 1586
Aqua alle funni!
Grito dado em dialeto genovês e convertido em símbolo
contra o poder.
Utilizado para ressaltar a coragem e a valentia de alguém contra a prepotência,
antepondo o bem comum ao próprio risco, sem se importar com
consequências pessoais....Muito raro hoje em dia!
Símbolo do poder medieval, ano 37, preservado na Praça de São Pedro.
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Um comentário:
Muito boa a sua matéria, gostei muito. Você está de parabém.
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